quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fluminense campeão de 1959

Há 50 anos, no Campeonato Carioca de 1959, o Fluminense teve uma defesa fantástica, responsável pelo time levar apenas 9 gols em 22 jogos, sendo 3 na última partida, festiva, no empate em 3 a 3 contra o BFR, quando o time tricolor já tinha se sagrado campeão na rodada anterior.

UMA DEFESA QUASE INTRANSPONÍVEL
Com o melhor artilheiro do Fluminense em sua história, time que veio a decair com a venda do grande Waldo para o Valência, em 1961, pois até então tinha uma defesa que era uma muralha, um meio-de-campo criativo e um ataque arrasador, mas que se acostumou a trabalhar para a sua máquina de fazer gols.

No Fluminense Waldo conquistou o Campeonato Carioca de 1959, foi campeão da Zona Sul da Taça Brasil em 1960 e conquistou dois títulos do Torneio Rio-São Paulo em 1957 e 1960, sendo até hoje o maior artilheiro da história deste clube, com 314 gols em 403 jogos. Seu estilo era rompedor, sem firulas, e por isto mesmo, perdia muito poucos gols, fazendo-os de todas as formas, mas geralmente com simplicidade e objetividade . No Fluminense Waldo foi artilheiro do Campeonato Carioca em 1956 e do Torneio RIo-São Paulo em 1957 e 1960.

Na época em que comandou o ataque do Fluminense, o Tricolor teve o ataque mais positivo dos Torneios Rio-S.Paulo em 1954, 1955, 1957 e 1960 (sendo que em 1956 este torneio não foi realizado), assim como aconteceu também na Taça Brasil de 1960.

O título antecipado da invejável equipe tricolor veio com uma vitória por 2 a 0 sobre a equipe do Madureira. Eis a ficha do jogo:

FLUMINENSE 2 x 0 MADUREIRA
Local: Estádio do Maracanã - Data: 12/12/1959.
Árbitro: Antônio Viug - Renda: Cr$ 1.155.384,00 - Público Estimado: 45.000 (35.000 pagantes)
Gols: Décio Brito (contra), no 1º tempo e Escurinho no 2º tempo.
FFC: Castilho; Jair Marinho, Pinheiro e Altair; Edmilson e Clóvis; Maurinho, Paulinho, Waldo, Telê e Escurinho. Técnico: Zezé Moreira.
MEC: Silas; Bitum, Salvador e Décio Brito; Frazão e Apel; Nair, Azumir, Zé Henrique; Nelsinho e Osvaldo. Técnico: Lourival Lorenzi.

Com esta vitória, o Fluminense sagrou-se campeão por antecipação, tendo sofrido apenas seis gols em 21 jogos, antes do empate festivo por 3 x 3 na última rodada.

Crédito: http://www.campeoesdofutebol.com.br

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Copa Record Rio


A Copa Record Rio de Futebol foi um campeonato profissional realizado entre 21 de outubro e 3 de dezembro de 2005, de responsabilidade da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Rede Record.
Na primeira fase do torneio, os times foram separados em dois grupos numericamente iguais. As equipe deviam enfrentar os adversários do outro grupo, em turno único, classificando-se as duas melhores equipes de cada grupo para as semifinais.
Na semifinal, cruzavam-se, em jogo único, o primeiro e segundo lugares de cada grupo. Os vencedores de suas respectivas chaves adquiriam o direito de disputar a final, também realizada em uma só partida.

O Flamengo disputou o campeonato com jogadores saídos do junior e outros que não estavam sendo utilizados. Em resumo era o Flamengo B. E no fim a equipe levantou a tação ao ganhar do Olaria nos penaltys.

A campanha do campeão foi essa:
Bonsucesso 0x4 Flamengo
Flamengo 1x1 Céres
Estácio de Sá 0x1 Flamengo
Flamengo 0x1 Villa Rio
Botafogo 0x1 Flamengo

Semi Final
Céres 1x2 Flamengo

Final
Olaria 0x0 Flamengo (4x5 nas penalidades)

Ficha técnica da Final:
C.R.Flamengo 0x0 Olaria (RJ)
Nos penaltis C.R.Flamengo 5x4 Olaria
Copa Record - Decisão - Campeonato Municipal
02/12/2005 - Estadio Rua Bariri (RJ)
Time: Wilson; Marcelinho, Thiago, Carlos Alexandre, Fábio (Igor Nakamura); Elan, Yuri, Róbson, Emerson; Fabiano Oliveira (Eder), Fábio Júnior.

Campeão Carioca de 1928

Campeão Carioca de 1928
O América foi campeão de 1928 vencendo 13 jogos, empatando 4 e perdendo apenas 1, ao ganhar na última rodada do Fluminense por 3 a 1 no Estádio da Rua Campos Sales.

AMÉRICA 3 X 1 FLUMINENSE
Data: Domingo, no dia 21 de outubro de 1928
Local: Campos Sales, no Bairro da Tijuca
Árbitro: Otávio de Almeida
AMÉRICA: Joel; Pennaforte e Hildegardo; Hermógenes, Floriano e Walter; Gilberto, Miro, Sobral (Mário Pinto), Mineiro (Alvinho) e Celso / Técnico: Charles Williams
FLUMINENSE: Spíndola; Délcio e Py; Ivan Mariz, Fernando Giudicelli e Pedro Fortes; Ripper, Zezé, Nascimento, Milton e Bouças /Técnico: Eugênio Medgyessi

GOLS: Mílton (Fluminense) e Hildegardo (América) no primeiro tempo; Miro e Délcio (contra), ambos para o América, no segundo tempo

sábado, 4 de julho de 2009

Botafogo em Maceió

Em pé: Ernani, Tomé,Nilton Santos, Cacá.,Pampolini e Paulistinha.
Agachados: Garrincha, Paulinho Valentim, Quarentinha, Didi e Zagalo.
Depois da conquista do mundial de 1958, os jogadores campeões eram sempre homenageados por onde passavam. No dia 29 de abril de 1959, veio a Maceió o time do Botafogo com quatro campeões do mundo – Nilton Santos. Garrincha. Didi e Zagalo. O adversário foi o CSA, tetra campeão alagoano.
Jogo realizado no mutange que recebeu um grande publico. Todos queriam ver as jogadas dos craques da copa. Depois das muitas homenagens a partida começou com arbitragem de Airton Vieira de Moraes. Foi um jogo fácil e ganho pelo Botafogo por 4x0. Apesar do vencedor ter sido o Botafogo, a torcida aplaudiu o grande futebol dos cariocas. O centro avante Paulinho foi o artilheiro marcando os quatro gols da sua equipe.
O Botafogo jogou com Ernani (Adalberto), Cácá, Tomé (Jorge), Paulistinha e Nilton Santos, Pampolini e Didi, Garrincha (Rossi), Paulinho, Quarentinha (Edson) e Zagalo (Neivaldo).
O CSA com Almir, Marreco,Chiquinho, Zanélio e Paulo Santos, Beto e Deda (Marcelo), Perereca (Edinho), Santos, Humaitá e Tonho Lima (Juca).

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Ely thadeu


Nome completo: Ely Thadeu Bravim Rangel
Data de nascimento: 12/08/1982 / Vila Velha (ES)
Altura: 170
Peso: 65
Posição: Atacante

Clubes
2001-2002: Vasco da Gama-RJ
2003-2004: Olaria-RJ
2005-2006: Baraúnas-RN
2006-2007: Etoile Rouge de Belgrade - Sérvia
2007-15/04/2008: Democrata-MG
16/04/2008-07/06/2008: Ipatinga-MG
08/06/2008: Democrata GV-MG

Títulos
Campeonato Potiguar: 2006
Copa da Sérvia: 2007

Ramon

Natural de Sirinhaém, a 76 Km do Recife, e de origem humilde, Ramon da Silva Ramos decidiu deixar a família e equipe em que atuava - Usina Trapiche - para tentar a sorte na capital. Em 67 ele chega aos juvenis do Santa com a esperança de uma vida melhor. Dois anos depois, Ramon, então com 19, é relacionado para os últimos jogos do campeonato pernambucano, garantindo-se, assim, no grupo campeão de 1969.

A trajetória de Ramon no Mais Querido começa pra valer em 1970, ano do bicampeonato. A base do time de 69, com Fernando Santana comandando o ataque, fora mantida, e Ramon foi ganhando espaço aos poucos, ora entrando no lugar de Santana, ora no de Uriel. Marcou seis gols no campeonato, sendo um deles na decisão, no Arruda, na vitória por 2x0 sobre o Náutico - Cuíca fez o outro. Ainda em 70, o Santa representou Pernambuco no "Robertão", competição que antecedeu o Brasileirão, mas fez uma campanha discreta, terminando na 12ª colocação, entre as 17 equipes.

No tricampeonato, em 71, Ramon já era considerado um dos ídolos do time. Dirigido por Duque, o Santa venceu os três turnos. Na "extra" do terceiro turno, na Ilha do Retiro, o Tricolor venceu seu arqui-inimigo por 1x0 com um gol de Cuíca aos 14 minutos do 2° tempo da prorrogação. A caminhada para o Penta seguia a passos largos e o ano de 72 é lembrado pela dupla alegria ao clube do Arruda. Primeiro, a conquista do Tetra, mais uma vez ganho com facilidade, com rodadas de antecipação num jogo contra o Central. O artilheiro do campeonato e do Santa Cruz foi Fernando Santana, com 15 gols, seguido por Ramon, com 13. Um mês depois da maior conquista do clube até então, era inaugurado o Colosso do Arruda, numa festa sem precedentes em um amistoso com o Flamengo.

Mas o grande ano do Santa Cruz e de Ramon viria a ser o de 1973. Os meninos de Gradim, formados por pratas-da-casa como Fernando Santana, Givanildo, Ramon, Zé Maria, Luciano e muitos outros, foram mantidos. O time montado por Gradim, estava, agora, sob tutela de Paulo Emílio e também já passara pelas mãos de Evaristo Macedo e Duque. Ramon foi decisivo na conquista do Penta, marcando os dois gols do título na partida extra contra o Sport, na Ilha. 36.459 pessoas compareceram ao estádio, público recorde da época, para ver o centroavante alegrar a massa coral aos 7 minutos do 1° tempo e 36 do 2°. "Pode me botar pra fora do emprego. Não me importo. O Santa é Penta e é isso que vale", dizia um torcedor vagando pelo Arruda, às 10h da manhã do dia seguinte. Ramon marcou 21 gols no estadual, atrás apenas na artilharia para, o não menos importante no título, Luciano, que fez 25 gols. Ao todo, de 70 a 73, Ramon participou de 84 jogos em pernambucanos e deixou sua marca 46 vezes.

O reconhecimento nacional viria acontecer durante o Brasileirão, disputado no segundo semestre. Ele se tornou o primeiro jogador de um clube nordestino a terminar o Campeonato Brasileiro como artilheiro. "Palmeiras é o bicampeão brasileiro e Ramon é o artilheiro", anunciavam as rádios recifenses. Dessa forma, veio a confirmação da artilharia, pois seus principais concorrrentes - Leivinha, do Palmeiras, e Mirandinha, do São Paulo - disputaram a fase final do campeonato. Foguetórios em alguns subúrbios ecoaram pela capital pernambucana. Foram 21 gols - marca inédita -, do total de 39 que o Santa fez no nacional. A campanha do clube em si não chegou a chamar à atenção - 16° entre os 40 clubes -, pois a defesa falhava demais, mas Ramon, considerado uma das maiores revelações, ficou cotado para a disputa da Copa-74, na Alemanha. A expectativa aumentou quando ele foi relacionado entre os 40 convocados por Zagallo, fazendo parte de uma espécie "lista de espera". Infelizmente, no início de 74, numa partida diante do Santo Amaro, o centroavante Tricolor forçou o músculo e sentiu-se mal, sendo substituído e amargando um longo tempo afastado.
Ao fim de 73, além da faixa de pentacampeão no peito e da artilharia do Brasileirão garantida, Ramon ainda terminou na segunda colocação na bola de prata, com média de 7.3, atrás apenas de Mirandinha, do São Paulo, que teve média de 7.4. Pouco tempo depois começava o Brasileirão-74, antes do estadual, e com o pensamento na conquista do hexa, o Santa fez péssima campanha no Nacional - 35° entre os 40 clubes.

No Pernambucano, a disputa seguia acirrada, mas um vacilo na reta final do segundo turno contra o Ferroviário, permitiu que o Náutico fosse para a final com o Santa. Nela, os alvirrubros, ávidos para impedir o hexa coral, levaram a melhor.

O ano de 75 marcou o fim da passagem do atacante pelo Mais Querido. E foi um fechamento com a chamada "chave-de-ouro". Afinal, o Santa fez sua melhor campanha em Brasileirões, terminando na quarta colocação. Ramon balançou as redes 8 vezes, mas dois desses gols foram especiais. Maracanã lotado, Flamengo x Santa Cruz, um deles iria para a semifinal. A imprensa "nacional" simplesmente desconsiderava a chance de vitória do Santa e a conseqüente classificação entre os quatro melhores do Brasil. Eis que, Ramon apronta duas vezes, Wolney uma, Zico desconta, e o Santa estabele o placar de 3x1, calando o Maracanã e o Brasil.

Após mais uma destacada temporada, não foi possível segurar o terceiro maior artilheiro do clube com 148 gols. Ramon foi vendido, numa negociação milionária, ao Internacional, onde não se encaixou bem. Voltou a Pernambuco, para o Sport, não teve grande destaque, e foi negociado com o Vasco. Ao lado de Roberto Dinamite fez sucesso e, após deixar o clube carioca, rodou um pouco - inclusive pelo Santa, em 83 -, vindo encerrar a carreira em 85, no Brasília.

Ficha do Ídolo
Ramon da Silva Ramos
Data de Nascimento: 12/03/1950 / Sirinhaém (PE)
Posição: Centroavante

Clubes
Santa Cruz: 1967-75 e 1983
Internacional: 1976
Sport Recife: 1976)
Vasco da Gama: 1977-79
Goiás: 1979-81
Ceará: 1981-82
São José-SP: 1983
Ferroviário-CE: 1984
Brasília: 1985

Títulos
Pentacampeão Pernambucano:1969,1970,1971,1972,1973
Campeão Carioca: 1977
Campeão Cearense: 1981

Marcas
Artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1973, com 21 gols
Pelo Santa Cruz foram 377 jogos e 148 gols.

Características: Versátil - adequava-se a diferentes posições na frente -, habilidoso, oportunista, móbil e tinha boa arrancada.

Fonte: www.idolosdosanta.blogspot.com

sábado, 9 de maio de 2009

As maiores goleadas do Glorioso (1970-1979)

BOTAFOGO 6x0 FLAMENGO (RJ)
Competição: Campeonato Brasileiro de 1972
Botafogo: Cao, Mauro Cruz, Waltencir, Osmar e Marinho Chagas; Carlos Roberto, Nei Conceição e Ademir Vicente (Marcos Aurélio); Zequinha, Fischer(Ferretti) e Jairzinho. Técnico: Sebastião Leônidas.
Gols: Jairzinho, l5’; Fischer, 35’ e 41’- l°T; Jairzinho, 23’, 38’ (de letra) e Ferretti, 42’- 2°T.

BOTAFOGO 7x1 AMERICANO F. C. (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1976
Botafogo: Ubirajara Alcântara (Zé Carlos), Miranda, Osmar, Nílson Andrade e Serginho Moura; Carbone, Luizinho Rangel e Marcos Aurélio; Cremílson, Nílson Dias (Antônio Carlos) e Mazinho. Técnico: Paulo Amaral.
Gols: Nílson Dias (3), Antônio Carlos (2), Carbone e Marcos Aurélio.

BOTAFOGO 8x0 CAMPO GRANDE (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1977
Botafogo: Zé Carlos, Perivaldo, Osmar, Odélio e China; Carbone (Ademir Vicente), Paulo César e Mário Sérgio; Gil, Nílson Dias (Manfrini) e Dé. Técnico: S. Leônidas.
Gols: Nílson Dias (2), Dé (2), Paulo César, Mário Sérgio, Perivaldo e Manfrini.

BOTAFOGO 7x0 FLUMINENSE-NF (RJ)
Competição: Campeonato Carioca Especial de 1979
Botafogo: Zé Carlos, China, Osmar, Miltão e Dodô; Chiquinho (Cremílson), Wecsley e Mendonça; Gil, João Paulo (Luizinho Lemos) e Tiquinho. Técnico: Joel Martins.
Gols: Gil (3), Luizinho Lemos (3) e Tiquinho.

BOTAFOGO 7x1 A. D. NITERÓI (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1979
Botafogo: Borrachinha, Perivaldo (Chiquinho), Miltão, Renê e China; Russo, Marcelo e Renato Sá; Cremílson, Dé e Ziza (Mendonça). Técnico: Joel Martins.
Gols: Dé (3), Marcelo (2), Renato Sá e Russo.

BOTAFOGO 6x0 BANGU (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1979
Botafogo: Borrachinha, China, Ronaldo, Miltão e Vanderlei Luxemburgo (Dodô); Russo (Wecsley), Mendonça e Marcelo; Gil, Dé e Renato Sá. Técnico: Joel Martins.
Gols: Marcelo (2), Dé (2) e Gil (2).

Fonte: http://mundobotafogo.blogspot.com/

Célio


Célio Taveira Filho nasceu em Santos (SP), no dia 16 de outubro de 1940. Célio jogou no Jabaquara de Santos, no Vasco da Gama, onde fez grande sucesso com seus gols, no Nacional de Montevidéu, do Uruguai, na Portuguesa Santista, na Ponte Preta e também no Sport Clube Corinthians Paulista.


Enquanto servia o exercito em Santos, no ano de 1959, Celio formou dupla de ataque na equipe militar com nada mais nada menos que Pele'. Dai', comecou sua carreira como profissional no Jabaquara. Do clube santista foi para o Vasco da Gama, onde se sagrou campeao da 1ª. Taça Guanabara em 1965 e do Torneio Rio-Sao Paulo em 1966. Em 1965 foi convocado para a seleção brasileira, como reserva, e chegou a entrar no decorrer de algumas partidas amistosas, reeditando a dupla com Pele' dos tempos de exercito. A identificacao do idolo com o clube contava com profundas raizes familiares: Seu avo, Antonio Taveira de Magalhaes, foi remador bicampeao pelo Vasco em 1905 (historica primeira conquista pelo Vasco do campeonato de remo do Rio de Janeiro) e 1906, e ja' veterano, novamente campeao carioca em 1914.
Célio formou uma bela dupla de ataque com Saulzinho em seus primeiros três anos na Colina, mas seu último ano não foi tão bom e acabou deixando o time, transferindo-se para o Nacional de Montevidéu, onde também se tornou ídolo e artilheiro. Em seus quatro anos de clube, Célio foi o artilheiro vascaíno do ano em todos eles.

Artilheiro vascaino mais popular e benquisto na década de 60, Celio era perigoso e oportunista na area e chutava muito bem, inclusive nas cobrancas de falta. Porem, nos seus ultimos meses de Vasco, atravessava má fase e sofreu com a impaciencia da torcida, terminando por ser negociado para o Nacional de Montevideu, onde tornou-se artilheiro e idolo.

Célio Taveira Filho
atacante, 16/10/1940, São Paulo-SP

Pelo Vasco da Gama
1963 - 25 gols
1964 - 29 gols
1965 - 32 gols
1966 - 14 gols
Total - 100 gols

Títulos
Taça Guanabara: 1965
Torneio Rio - São Paulo: 1966

Clubes na carreira
1961-1962: Jabaquara-SP
1963-1967: Vasco da Gama-RJ
Nacional Montevideo - Uruguai
Portuguesa Santista-SP
Ponte Preta-SP
Corinthians-SP

Fontes
http://www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/idolos3.html
http://desenvolvimento.miltonneves.com.br/QFL/Conteudo.aspx?ID=61642
http://br.sambafoot.com/jogadores/1357_Celio.html

Tostão no Vasco

Crédito: www.museudosesportes.com.br
Tostão já estava rico. Seus contratos lhe deram um patrimônio invejável, quase todo construído em Belo Horizonte: posto de gasolina, loja de artigos esportivos, um prédio de apartamentos, casa de campo, terrenos, dois carros e o apartamento onde morava. Mas, o dinheiro não era tudo, com provou em 1972.

Tostão estava na Austrália com o Cruzeiro, quando recebeu a noticia de que o clube estrelado tinha contratado o técnico Yustrick para o lugar de Fantoni. Ele já estava tratando da renovação de seu contrato, mas sua disposição era sair do Cruzeiro. Já em Teerã, ele decidiu que aquela seria sua última partida pelo clube mineiro. Tostão gostava muito do treinador Orlando Fantoni e achava uma injustiça o que estavam fazendo. Não tinha nada contra o homem Yustrick, mas não concordava com seus métodos como técnico.

Quando voltou ao Brasil teve um atrito com o presidente Felício Brandi porque foi direto ao assunto – “Quero sair do Cruzeiro”. Sem entrar em acordo, o clube mineiro colocou seu passar a venda por 14 milhões. A CBF entrou na história e disse que ganhando 35 mil cruzeiros, seu passe valeria 5 milhões. Muitos clubes passaram a se interessar pelo Tostão. Pelo valor estipulado, os paulistas foram os primeiros a desistir. Dos cariocas, Botafogo e Flamengo também caíram fora. O Fluminense ofereceu 3 milhões como última proposta. O Vasco conseguiu alguns parceiros como Afonso Pinto Magalhães, dono do Banco Pinto Magalhães. O comerciante Artur Sendas, dono de uma grande rede de lojas e o ex presidente João Silva. Trabalhando com suas influências, conseguiram 3 milhões e 500 mil, um recorde para a época, e levaram Tostão para São Januário.

No dia 15 de abril de 1972, o craque que participou do tri campeonato mundial no México, chegava ao Aeroporto do Galeão e encontrava mais de dez mil torcedores que fizeram uma grande festa para receber seu novo jogador. A estréia de Tostão com a camisa do Vasco aconteceu no dia 7 de maio contra o Flamengo pelo campeonato carioca.

Sua passagem pelo futebol carioca não foi muito feliz. Jogou 45 partidas e marcou apenas 6 gols. Valeu pelo que ele mudou em São Januário. Uniu os jogadores, criou um conselho entre eles e mostrou aos companheiros o que é ter consciência profissional. Para os dirigentes, Tostão somente deu prejuízo ao Vasco. No dia 27 de fevereiro de 1973, ele disputou sua última partida pelo clube cruzmaltino jogando contra os Argentinos Juniors. Logo depois viajou para Houston afim de fazer novos exames no olho esquerdo com dr. Roberto Abdalla Moura. E a conselho médico, deixou o futebol. Se continuasse jogando poderia perder a vista. Assim, no dia 17 de maio de 1974 seu contrato foi cancelado pelo Vasco e começou a batalha judicial que os vascainos moveram, em processo de indenização, contra o jogador, que queria receber o que restava de suas luvas.

Durante muito tempo, o processo se arrastou pela Justiça. Por fim, Tostão ganhou seu último jogo e o Vasco teve que cumprir o seu compromisso. Aí, Tostão já estava longe do futebol e estudando. Em 1975 realizou seu novo sonho; passou no vestibular de medicina da UFMG. Foi um aplicado aluno que entende muito de futebol. Passou a ser um homem em busca de uma nova vida.

Eduardo Gonçalves de Andrade é mineiro de Belo Horizonte e nasceu no dia 25 de janeiro de 1947. Foi campeão mineiro pelo Cruzeiro nos anos de 1965.66.67.68.69 e 1972. Também foi campeão da Taça Brasil em l966 e campeão mundial em 1970 pela seleção brasileira. Além do Cruzeiro também jogou pelo America Mineiro e Vasco da Gama.

Fonte: www.museudosesportes.com.br

quarta-feira, 18 de março de 2009

Os jogos de Garrincha no Olaria

Os últimos jogos de Garrincha como profisional foram defendendo as cores do Olaria Atlético Clube do Rio de Janeiro. Na estréia contra o Flamengo no Maracanã, o público foi de quase 50 mil torcedores, número poucas vezes repetido na história do clube.

23/05/1972 - CAMPEONATO CARIOCA*
Olaria 1x1 Flamengo, no Maracanã

01/03/1972 - AMISTOSO
Olaria 1x2 Rio Branco-ES, em Vitória

04/03/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 1x1 América, em São Januário

23/03/1972 - AMISTOSO
Olaria 2x2 Comercial-SP, em Ribeirão Preto.
Neste jogo Garrincha marcou seu único gol pelo Olaria.

25/03/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 1x5 Fluminense, no Maracanã

16/04/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 1x0 Bangu, na Rua Bariri

19/04/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 2x0 Bonsucesso, no Teixeira de Castro

21/05/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 0x1 América, em São Januário

19/07/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 1x1 Botafogo, no Maracanã

23/08/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 0x1 Botafogo, no Maracanã

10 Jogos
02 Vitórias
04 Empates
04 Derrotas
01 Gol


*Este jogo marcou a estréia de Garrincha na equipe suburbana. Infelizmente o jogador já não era o gênio de alguns anos atrás, mas teve bons momentos na partida, saindo no início do segundo tempo devido as más condições físicas que apresentava. Abaixo a ficha desta partida:

FLAMENGO(GB) 1-1 OLARIA(GB)
Data: 23 de fevereiro de 1972
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro - GB
Caráter: Campeonato Carioca / 1972
Juiz: Airton Vieira de Moraes
Renda: Cr$ 279.707,00
Público: 49.276 pessoas
Gols: Gessé aos 53 min e Doval aos 70 min.
Flamengo: Ubirajara; Aloísio, Fred, Reyes e Paulo Henrique; Liminha e Zé Mário; Rogério, Caio (Fio), Doval e Paulo César.
Olaria: Beto; Aluísio, Mário Tito, Altivo e Mineiro; Gessé (Maurício) e Roberto Pinto; Garrincha (Robertinho), Ézio, Aguinaldo e Fernando.

Fonte: http://blog.soccerlogos.com.br/

terça-feira, 17 de março de 2009

O fim do Jejum do Botafogo - 1989

Crédito: http://fogoeterno.files.wordpress.com/
Foram 21 anos de sofrimento. Um após outro, a torcida botafoguense só fez crescer. Desastre depois de desastre, a gente da estrela solitária era cada vez mais gente. O título não vinha, parecia até que nunca voltaria. Mas a gente alvi negra é insistente, persistente, teimosa mesmo. De tanto acreditar, desde do dia 21 de junho festeja. O Glorioso é campeão. Comparar não é possível, que os campeões de 1989 não merecem. O papel que a história lhes reservou está cumprida, maravilhosamente cumprida. Até porque, que outro Botafogo ganhou invicto o campeonato ? Como poucas vezes, em 24 anos, os onze jogadores de cada partida do Botafogo mantiveram com sangue e suor uma invencibilidade impressionante. Heróis que não se assustaram nem com o Flamengo do eterno Zico ou a selevasco.

Numa final inesquecível, o Botafogo chega invicto ao título sonhado e, 21 anos depois, transforma o Rio de Janeiro numa contagiante loucura em preto e branco. Parecia um sonho. No dia 21 de junho de 1989, no maracanã, o Botafogo decidia com o Flamengo o titulo de campeão carioca da temporada. O primeiro tempo terminou com um 0x0. Mas, aos doze minutos da etapa completar, Vitor iniciou uma jogada e tocou a bola para Luizinho. O lançamento saiu perfeito para Mazolinha na ponta esquerda. O cruzamento veio pelo alto e a bola está está mais para o lateral do Flamengo Leonardo. O ponta Mauricio do Botafogo estava presente ao lance decisivo. Esperto, desloca Leonardo com um leve toque nas costas e chuta para o fundo da meta rubro negro. Mauricio saiu correndo feito um louco para comemorar o gol que, mais tarde, valeria o titulo de campeão carioca. O Rio de Janeiro começava a se vestir de preto e branco.

“Tu és o Gloriso. Não podes perder, perder pra ninguém” - A torcida começava a cantar o hino do Botafogo. Antes mesmo do encerramento da partida, a torcida explodia e gritava – “é campeã...é campeão”. A volta olímpica dos campeões teve até, o aplauso da torcida do Flamengo.

Ficha do jogo
Dia 21 de junho de 1989.
No maracanã – decisão do campeonato carioca – Botafogo 1 x Flamengo 0.
Gol de Maurício.
Juiz: Walter Senra.
Renda: R$ 302.592,00
Publico: 56.412 pagantes.
O Botafogo campeão com Ricardo Cruz, Josimar, Wilson Gotardo, Mauro Galvão e Marquinhos, Vitor, Carlos Alberto e Luizinho, Mauricio, Paulinho Criciúma e Gustavo (Mazolinha) / Técnico: Valdir Espinosa.
Flamengo: Zé Carlos, Jorginho, Aldair, Zé Carlos II e Leonardo, Ailton, Renato e Zico (Marquinhos), Alcino (Sergio Araújo), Bebeto e Zinho / Técnico: Telê Santana

Vasco da Gama 7 x 0 Flamengo

No dia 26 de Abril de 1926 o time cruzmaltino venceu o arqui-rival por 7x0 em jogo realizado no Estádio de São Januário, válido pelo 1º turno do Campeonato Carioca de 1931. Os gols foram marcados por Russinho (4), Mário Mattos (2) e Sant'Anna.
As derrotas do Flamengo para o Vasco estavam se tornando constantes, a ponto da imprensa carioca tradicionalmente rubro-negra tentar ignorar aquele massacre nos jornais do dia seguinte. No período de 1928 a 31, o time cruzmaltino venceu todos os 8 jogos oficiais contra os flamenguistas.

Este foi um dos primeiros grandes times da história do Vasco. Quatro atletas (Brilhante, Itália, Fausto e Russinho) foram convocados para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1930 no Uruguai, além de Tinoco para a edição de 1934 na Itália. O meio-campo Fausto chegou a receber o apelido de “La Maravilha Negra” pela imprensa uruguaia por causa das suas grandes atuações em campo.

O ponta-esquerda Sant'Anna foi o primeiro jogador a fazer um gol olímpico no país. Isto aconteceu em 1928, na inauguração dos refletores de São Januário, quando o Vasco venceu o Wanderers do Uruguai por 1x0.

Se na esquerda tinha Sant´Anna, pela direita vinha Paschoal, apelidado de “Trem de Luxo” pela sua extrema velocidade. Ele atravessou todo o período que o Vasco venceu o racismo no futebol carioca, conquistando os primeiros títulos do clube, desde o Carioca da 2ª divisão em 1922. Foi titular absoluto do Vasco e das seleções carioca e brasileira, apesar de não ter participado daquela goleada de 7x0 sobre o Flamengo.

Paschoal pertencia, com orgulho, a uma geração que amava o clube. Pelo resto de sua vida, trabalhou com o mesmo amor pelas sagradas cores do Vasco, razão maior da sua vida. Com mais de 80 anos, continuava integrado ao Vasco, ensinando garotos que sonhavam um dia representar a cruz-de-malta tal como ele.

Não se pode esquecer também de Sebastião Paiva Gomes, o Mola, Campeão Carioca em 1929 e 1934. Ele era o cão de guarda do time e os atacantes da época tinham pavor de enfrentá-lo. Em 1934, Mola foi convocado para a Seleção que disputaria a Copa do Mundo, mas, ao contrário dos seus companheiros vascaínos Tinoco e Leônidas da Silva, preferiu continuar como profissional no Vasco, uma vez que a CBD só levaria "amadores" para a Itália.

Outro ídolo da lendária equipe foi Russinho, autor de quatro gols na goleada histórica sobre o Flamengo. Ele também se sagrou artilheiro dos Cariocas de 1929 e 1931. Em 1930 Russinho atingiu grande popularidade e foi eleito o melhor jogador do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, num concurso promovido por uma marca de cigarros.

Para comandar este leque de craques, o Vasco tinha Harry Welfare como técnico. Vindo do Liverpool, o gringo do país que inventou o futebol chegou ao Brasil em 1912 contratado pelo Colégio Anglo-Brasileiro para ensinar a língua inglesa. Como jogava muito bem futebol, ingressou no Fluminense e fez história nos campos cariocas. Foi o técnico vascaíno de 1927 a 37, voltando ao cargo na temporada de 1940.

Recitando a escalação do Vasco
A base dessa vitoriosa equipe vascaína de 1931 ainda era a mesma campeã carioca em 1929. O timaço se consagrou ao bater o América por 5x0 na final, após dois empates na série melhor-de-três. No ano seguinte (1930) a grande vítima foi o Fluminense, que também sofreu a maior goleada da história do clássico: 6x0 em São Januário.

Porém, o que realmente mais impressionava no Vasco de 1929 era a criatividade dos torcedores em recitar a escalação de seus ídolos. Frases como estas eram postas com orgulho nos botequins do Rio de Janeiro:

“JAGUARÉ foi na ITÁLIA comprar BRILHANTE. Assistiu com TINOCO a ópera FAUSTO, sentado numa cadeira de MOLA. Na volta, PASCHOAL encontrou OITENTA E QUATRO RUSSINHOS junto com MÁRIO MATOS na Igreja de SANTANA”.

Ou:
“JAGUARÉ fez uma BRILHANTE defesa na ITÁLIA. TINOCO foi visitar FAUSTO numa cadeira de MOLA, PASCHOAL comeu OITENTA E QUATRO empadas com RUSSINHO e MARIO MATTOS no campo de SANTANA”.

Quem comprova isso é o sócio Fabrício Figueira, de 26 anos, sobrinho-neto do zagueiro Itália, que faleceu em 1963. Freqüentemente o jovem vascaíno ouve histórias dos mais antigos parentes do craque:

“Minha mãe sempre conta que o Itália dava doces, balas e uns trocados para os sobrinhos que decorassem a escalação do time. Era uma forma de aumentar mais ainda a identidade deles com o Vasco”, comenta Fabrício, que ainda guarda fotos do antigo xerife do Vasco.

Ficha Técnica – Vasco 7x0 Flamengo

Campeonato Carioca de 1931 (1º Turno)
Local: São Januário
Juiz: Leandro Carnaval
Expulsões: Fausto e Penha aos 37 minutos do 1º tempo
Obs: Naquela época os jogadores expulsos eram substituídos.
Vasco: Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto (Nesi) e Mola; Baiano, Oitenta e Quatro, Russinho, Mário Mattos e Sant´Anna
Flamengo: Floriano, Léo e Hélcio; Flávio, Penha (Fonseca) e Darci; Adelino, Viventino, Elói (Nélson), Álvaro e Cássio
Gols: No 1º tempo: Russinho aos 5 e 30, Mário Mattos aos 27 e 34 minutos; No 2º tempo: Santana aos 4 e Russinho aos 14 e 20 minutos.

Um combinado Fla/Flu em 1944

Em 1944 as equipes do Fluminense e Flamengo formaram um combindo e disputaram algumas partidas amistosas. Infelizmente nos dias de hoje, é totalmente impossível a formação de combinados de equipes rivais para a disputa de partidas amistosas. Abaixo as fichas destas partida:

FLAMENGO / FLUMINENSE(DF) 2-2 CORINTHIANS(SP)
Data: 24 de março de 1944
Local: Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro
Renda: Cr$ 55.244,50
Juiz: Silvio Stucchi
Gols: Perácio (2), Valter e Servílio
Flamengo/Fluminense: Jurandir; Norival e Renganeschi; Bigode, Rui e Afonso; Adilson, Zizinho, Pirilo, Perácio e Vevé.
Corinthians: Bino; Domingos e Begliomini; General, Brandão e Dino; Agostinho, Servílio, Milani, nandinho e Valter.

FLAMENGO / FLUMINENSE(DF) 0-3 SÃO PAULO(SP)
Data: 24 de abril de 1944
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo
Renda: Cr$ 104.277,00
Juiz: Mário Viana
Gols: Sastre, Luizinho e Antoninho
Flamengo/Fluminense: Jurandir; Norival e Renganeschi; Biguá, Bria e Jaime; Adilson, Bigode, Pirilo, Tim e Vevé.
São Paulo: Gijo; Agostinho e Florindo; Armando, Rui e Noronha; Luizinho, Teixeirinha, Antonio, Ieso e Parda

Fonte: http://blog.cacellain.com.br

Jogo histórico: Bonsucesso 3 x 0 Mangueira (MG)

Esta partida disputada na cidade de São João de Nepomuceno(MG), teve como atração a presença de Heleno de Freitas, na equipe local. Apesar de estar no final de sua carreira, a presença do filho mais importante da cidade na partida, atraiu um grande público. Abaixo a ficha técnica da partida:

BONSUCESSO(DF) 3 X 0 MANGUEIRA(MG)
Data: 21 de abril de 1949
Local: São João de Nepomuceno - MG
Renda: Cr$ 8.300,00
Gols: Totó (2) e Ernesto
Bonsucesso: Alvarez; Rubens e Costa; Cambuí, Vitor e Gato; Tampinha, Demil, Ernesto, Enguiça e Totó.
Mangueira: Matarazzo; Moacir e Carazo; Cacau, Tonho e Camilo; Laval, Zezinho, Heleno de Freitas, Hamilton e Renê.

Fonte: http://blog.cacellain.com.br

Jogos inesquecíveis do Bonsucesso

No setor nacional, as mais expressivas e brilhantes vitórias foram estas:
Em 1931, no returno do Campeonato, vencemos o C.R. Flamengo pela elevada contagem de 6x2.

Em 1932, no Parque Antártica, contra o Palestra Itália, hoje Palmeiras, até então invicto contra equipes cariocas, o Cesso venceu por 3x1. Na equipe alviverde figuraram Primo, Bianco, Serafini, Ministrinho, Romeu, Amílcar, Pepe, Lara, Imperato e Gogliardo. A atuação de nossos defensores foi tão saliente que mereceu da imprensa paulista o galardão de “Esquadrão Acadêmico” como era conhecido por vários anos.

Em 1933, vencemos o famoso esquadrão do São Paulo FC, no Torneio Rio-São Paulo, por 5x4, integrado por “astros” da categoria de Nestor, Bartô, Orozimbo, Waldemar de Brito, Frienderich, Petronilho e Hercules.

Em 1938, o Bonsucesso FC depois de estar perdendo por 3 a 0, em sensacional “virada”, derrotou o Flamengo por 4x3.

Em 1956, perdíamos por 4 a 0 para o Vasco da Gama, quando em brilhantíssima reação igualamos a contagem em 4x4.

No setor do futebol internacional, o Bonsucesso figura entre os clubes brasileiros que mais atuaram no estrangeiro, visitando 46 paises das Américas, Europa, África, Oriente, Ásia e Arábia, onde disputou 104 partidas, vencendo 76, empatando 16 e perdendo 12, com um saldo de 49 gols.

As mais expressivas vitórias internacionais foram estas: na Bulgária, contra a seleção búlgara por 3 a 2; na Romênia contra o campeão Rapid de Bucarest, por 1x0; contra a Seleção Chilena, por 2x1; contra o campeão peruano, o Alianza, por 2x0; contra o Guadalajara do México, por 3x1; contra as seleções do Líbano por 5x1; Síria, por 1x0; Jordânia, por 4x1; Líbia, por 6x1; Porto Rico, por 2x1; El Salvador, por 3x0, contra o Santa Fé, da Colômbia, por 2x1; em Frankfurt, na Alemanha, por 2x0; na Polônia, contra o Kawich por 2x1; na França contra o Reins, por 2x1; na Venezuela, contra o Circuito Italiano, por 3x2; na Noruega contra o Skai, por 1x0 e na Espanha contra o Espanhol de Barcelona por 2x1.

Fonte e autor:Blog fanaticospelocesso e André Luiz Queiroz

sábado, 14 de março de 2009

Cariocas x Paulistas

Crédito: www.museudosesportes.com.br
Antes do jogo, o Juiz Anibal Tejara, é fotografado entre o carioca Domingos da Guia e o paulista Luizinho. Ao lado aparece um dos bandeirinhas abraçado com o ponta esquerda de São Paulo Hércules.

Muita chuva e um show dos cariocas para os corajosos torcedores que enfrentaram o mal tempo e foram a São Januário, em dezembro de 1943, para assistirem ao jogo cariocas e paulistas. Uma noite que ficará para sempre na história do futebol brasileiro.

Na verdade, ninguém esperava que a seleção paulista preparada com tanto carinho por Del Debbio perdesse por uma contagem tão elevada. Os paulistas possuidores de uma equipe mais técnica teimaram em efetuar um jogo baseado em táticas e sistemas de ataque e defesa, quando o estado do gramado não permitia tal coisa. O jogo tinha que ser feito na base da improvisação como os guanabarinos fizeram. Era preciso antes de tudo uma vontade e muito entusiasmo para jogar naquele campo quase impraticável. Outro fator que muito contribuiu para a vitória dos cariocas foi, certamente, a notável atuação de João Pinto e Lélé.

Para quem gosta de ver um jogo equilibrado, não apreciou o segundo tempo, pois o que se viu no gramado era mais um cai cai dos jogadores do que uma partida de futebol. A desarticulação que se notou no quadro paulista na segunda fase, tirou de muitos, aquela sensação que alguns esperavam, todavia os gols de João Pinto, o penal batido por Lelé e as espetaculares fintas de Tim, vieram dar ao espetáculo algo de maravilhoso que agradaria ao mais exigente torcedor de futebol. Estavam, pois, satisfeitos os desejos daqueles que no campo do Vasco da Gama foram para apreciar um partida de futebol de classe.

Aos 5 minutos de jogo Leonidas abriu a contagem para os paulistas. Somente aos 23 minutos é que Vévé empatou e aos 40 do primeiro tempo, João Pinto fez 2x1 para os cariocas. Na etapa complementar, aos 16 minutos João Pinto fez 3x1. Aos 19, Lelé de penalti aumentou para 4x1. E novamente João Pinto aos 35 e 37 minutos completou a goleada de 6x1.

O juiz foi Anibal Tejara que foi indicado por sua personalidade, imparcialidade e honestidade. Entretanto, ele reapareceu velho e barrigudo e errou bastante. Personalidade, imparcialidade e honestidade sem condicionamento físico não forma um grande arbitro. Pior para aqueles que o indicaram.

Os carioca jogaram com Batatais. Domingos da Guia e Norival. Biguá. Ruy e Afonsinho. Pedro Amorim. Lelé. João Pinto. Tim e Vevé.
Os paulistas com Oberdan. Junqueira e Osvaldo. Zézé Procópio. Og Moreira e Dino. Luizinho. Servilho. Leonidas. Lima e Hércules.

Sylvio Pirilo

Crédito: www.museudosesportes.com.br
Sylvio Pirilo é gaúcho de Porto Alegre e nasceu no dia 26 de julho de 1916. Começou no Americano do Rio Grande do Sul em 1936. Depois passou o Internacional em 1937. Penarol do Uruguai em 1938. Flamengo de 1939 a 1947 e Botafogo em 1948. Somente foi campeão carioca pelo Flamengo no tri campeonato de 1942.1943.1944 e campeão pelo Botafogo em 1948. Foi campeão brasileiro de seleções pelos cariocas. Pirilo faleceu no dia 22 de abril de 1991 em porto Alegre.

Centroavante rápido, de drible cortante e excelente visão de jogo. Juntava a tudo isso, uma coragem que poucos atacantes brasileiros apresentaram, antes e depois dele.
Começou sua carreira no extinto Americano do Rio Grande do Sul, passando depois ao internacional. Fez sucesso e logo foi contratado pelo Peñarol, numa época em que o futebol uruguaio costumava levar vários dos nossos principais jogadores. Do Peñarol, retornou ao Brasil para defender o Flamengo, onde foi um dos maiores artilheiros da história do clube com 201 gols. O gaúcho o só fez menos gols com a camisa do Flamengo do que Zico (568), Dida (244) e Romário (204). Pirilo estreou logo na decisão de 1941 contra o Fluminense, substituindo o craque Leônidas da Silva, que se transferira para o São Paulo.
Apesar dos seus dois gols na partida, o famoso Fla x Flu da Lagoa na decisão do Carioca de 1941, o Fluminense foi campeão com o empate de 2x2.

Jogando de centroavante, foi um jogador fundamental na conquista do primeiro tri-campeonato do clube (1942/43/44). Pirilo ainda hoje é o recordista de gols num campeonato carioca com a incrível marca de 29 gols. Depois do Flamengo, defendeu o Botafogo, com o qual foi campeão carioca de 1948, vencendo o Vasco numa final histórica e cercada de lendas, das quais João Saldanha é uma das figuras principais.

Encerrou sua carreira no Botafogo e logo depois tornou-se treinador de grande sucesso. Coube-lhe a primazia de ter sido o primeiro a convocar Pelé para a Seleção, em 1957, para a disputa da Copa Roca contra os argentinos no maracanã.

Fez cinco partidas com a camisa da Seleção Brasileira, marcando seis gols.

domingo, 1 de março de 2009

Inauguração do Maracanã


O Rio de Janeiro viveu um dia de glória. A torcida carioca deu provas do seu entusiasmo pelo futebol comparecendo em massa para a inauguração do maior estádio do mundo. Assim, contribuiu para que fosse estabelecido um recorde de publico em qualquer época. Foi desta forma que o povo mostrou seu agradecimento a aqueles que idealizaram e construíram um majestoso estádio que recebeu o nome do prefeito do Rio de Janeiro, General Ângelo Mendes de Moraes.

Ao povo não foi entregue apenas um monumental estádio para o desportista brasileiro. O programa organizado foi magnífico e se juntava as emoções de ver o gigante completamente lotado vibrando na sua primeira tarde. A revoada dos pombos, o coro orfeônico das escolas, as Bandas de Musicas, o desfile das representações de clubes e entidades, até que todos, de pé, assistiram a cerimônia de hasteamento do Pavilhão Nacional. Tudo fazia parte de uma tarde certamente gloriosa.

O fecho da festa foi o jogo entre as seleções de novos do Rio e de São Paulo. Era o primeiro jogo no maracanã e acontecia no dia 16 de junho de 1950. Os paulistas demonstraram melhor entrosamento e condicionamento físico. Tinham uma linha média eficiente e um ataque habilidoso. Os cariocas se resguardaram na defesa e assim permaneceram ao longo do primeiro tempo. Mesmo jogando na defesa foi Didi quem abriu a contagem para o Rio de Janeiro. O jovem Didi assinalou o primeiro gol no estádio do maracanã. Jogando melhor, os paulistas empataram no final no primeiro tempo através de Augusto. Na segunda etapa do jogo, os paulistas continuaram melhores e marcaram mais dois gols através de Ponce de Leon e Augusto. A vitória foi um prêmio ao bom desempenho dos bandeirantes. Dois árbitros apitaram o primeiro jogo no maracanã. No primeiro tempo, Alberto da Gama Malcher. Na etapa final Mário Vianna.
Os paulistas jogaram com Osvaldo,Homero e Dema, Djalma Santos,Brandãozinho e Alfredo. Renato,Rubens (Luizinho),Augusto, Ponce de Leon (Carbone) e Brandãozinho II (Leopoldo,
Os cariocas com Ernani (Luiz Borracha), Laerte e Wilson, Mirim, Irani e Sula, Aloisio (Alcino),Didi (Ipojucan),Silas (Dimas), Carlayle (Simões) e Esquerdinha (Moacir).

Fontes: http://www.museudosesportes.com.br/

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

A bicicleta campeã

Por: José Rezende

Até o início dos anos 50, o Torneio Municipal era disputado antes do campeonato carioca. Os clubes aproveitavam a competição para ajustar suas equipes com vistas ao campeonato. A década de 40 marcou o período áureo do torneio e a final de 1948 ficou na história do futebol da cidade do Rio de Janeiro. O todo-poderoso “Expresso da Vitória” do Vasco da Gama participava do Torneio dos Campeões, em Santiago do Chile, cedendo lugar ao excelente "Expressinho” para representar o clube de São Januário. Com Barqueta, Sampaio, Dimas, Ismael, Ipojucan, Tuta e outros bons jogadores, o “Expressinho” terminou o torneio em primeiro lugar com o Fluminense.

Antes da última rodada, Flamengo, Fluminense e Vasco dividiam a liderança com três pontos perdidos. Na quarta-feira, dia 15 de junho, o Fluminense empatou de 0 a 0 com o Bonsucesso. Como o adversário incluiu um amador no seu time sem apresentar o cartão e, ainda, declarara ao árbitro que o jogador era profissional, o Fluminense ganhou o ponto do empate. No domingo, 21 de junho, na última rodada, o Bangu venceu o Flamengo, em Teixeira de Castro, por 2 a 1; o Vasco empatou com o São Cristóvão de 3 a 3, em Caio Martins; e o Fluminense empatou com o Botafogo de 1 a 1, em São Januário. Fluminense e Vasco, ambos com quatro pontos perdidos, tiveram que disputar o título numa série melhor de três.

Em 24 de junho, uma quinta-feira, em General Severiano, tricolores e vascaínos jogaram a primeira partida. O tricolor ganhou por 4 a 0, gols de Orlando (2), Simões e Rodrigues. Três dias depois, no domingo, 27, o “Expressinho” venceu por 2 a 1, gols de Dimas, Nestor e Orlando.

A Federação marcou a terceira partida para 30 de junho, quarta-feira, no campo do Botafogo. Todos esperavam que o Vasco mantivesse o “Expressinho” para a chamada “negra” da melhor de três. Os jogadores já estavam no vestiário, trocando de roupa, quando Flávio Costa chegou e comunicou que o “Expresso da Vitória”, recém-chegado do Chile, onde conquistara o título de campeão dos campeões, disputaria a final do torneio. Orlando “Pingo de Ouro” nos falou sobre a reação dos jogadores do Fluminense, que já se encontravam em campo:
— A surpresa foi geral. Tem uma fotografia muito sugestiva, onde os jogadores do Fluminense, quando ouviram aquela explosão, ficaram de lado, com os olhos arregalados. Chegou ao nosso conhecimento que os jogadores do “Expressinho” torceram por nós.

A partir daquele momento o Vasco passou a ser o franco favorito, tirando a responsabilidade do Fluminense de ganhar do time reserva do adversário.

Mais uma vez brilhou a estrela do grande artilheiro tricolor e Orlando foi o herói da noite, marcando de bicicleta o gol do título do Torneio Municipal de 1948:
— Deram a bola para a esquerda, Rodrigues correu e centrou. Eu havia ultrapassado a bola, me virei, dei a levantada de perna e pegou firme. A bola entrou no meio do gol e, quando eu caí, olhei e senti a explosão da torcida. Eram oito minutos de jogo e, daí por diante, o Vasco jogou dentro do nosso gol. Mas a competência do Castilho impediu que o Vasco marcasse.

Sob a arbitragem de Carlos de Oliveira Monteiro, o popular Tijolo, tricolores e cruz-maltinos jogaram com as seguintes escalações:
Fluminense — Castilho, Pé-de-Valsa e Haroldo; Índio, Mirim e Bigode; 109, Simões, Rubinho, Orlando e Rodrigues.
Vasco — Barbosa, Laerte e Wilson; Eli, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ademir e Chico.

A classificação do Torneio Municipal de 1948 foi a seguinte:

Fluminense — campeão
Vasco da Gama — vice-campeão
Flamengo — terceiro (5 pp)
Botafogo e Olaria — quarto (8 pp)
Bangu e São Cristóvão — quinto (10 pp)
Bonsucesso e Madureira — sexto (15 pp)
Canto do Rio — sétimo (18 pp)

Essa inesquecível conquista do Fluminense, ao derrotar o poderosíssimo “Expresso da Vitória” do Vasco da Gama, fez 60 anos no dia 30 de junho de 2008. Nossa homenagem é para os saudosos Orlando “Pingo de Ouro” e Castilho, heróis daquela noite, em General Severiano.

O título do Torneio Municipal de 1948 também será lembrado no livro “Sou tricolor”, sobre a história do time, a ser lançado em breve.

Taça Guanabara




A Taça Guanabara foi criada em 1965 para definir o representante do Estado da Guanabara, atual cidade do Rio de Janeiro, na Taça Brasil. Apesar deste torneio nacional ter durado apenas até 1968, a Taça GB continuou a ser disputada e tornou-se tradição no futebol carioca. Em 1972, a Taça GB passou a equivaler ao primeiro turno do Campeonato Carioca. Apenas em 1980 foi disputada como torneio independente. Em 1981, a Taça GB voltou a ser disputada pelos dois melhores times do primeiro turno do campeonato estadual. A Taça Rio foi criada em 1982 como um equivalente à Taça Guanabara. Enquanto a Taça Guanabara é entregue ao campeão do primeiro turno do Campeonato Carioca, a Taça Rio é destinada ao campeão do segundo turno.

Os campeões da Taça Guanabara:
18 Flamengo
(1970-72-73-78-79-80-81-82-84-88-89-95-96-99-01-04-07-08)
11 Vasco da Gama
(1965-76-77-86-87-90-92-94-98-00-03)
08 Fluminense
(1966-69-71-75-83-85-91-93)
04 Botafogo
(1967-68-97-06)
01 América
(1974)
01 Americano
(2002)
01 Volta Redonda
(2005)

Fonte: www.http://voudekombi.blogspot.com

Os Nove Clubes que já fizeram mil jogos em cariocas

Por: Alexandre Magno Barreto Berwanger

O Campeonato Carioca, que chega a sua 105ª edição (1906 a 2009), tem riquíssimas histórias para contar nos seus 103 anos. Poucos sabem com precisão quando e quantos clubes chegaram aos 1.000 jogos na competição mais charmosa do país.

Dos 68 times, que já participaram do Estadual, nove já alcançaram o milésimo jogo: Fluminense, Botafogo, América, Flamengo, São Cristóvão, Bangu, Vasco da Gama, Bonsucesso, Olaria e Madureira.

Neste ranking seleto, das dez equipes, apenas três venceram (Botafogo, América e Flamengo), outros quatro empataram (Fluminense, São Cristóvão, América e Vasco da Gama) e três saíram de campo derrotados (Bonsucesso, Olaria e Madureira).

A PRIMEIRA A GENTE NUNCA ESQUECE
O FLUMINENSE FC foi o primeiro clube a alcançar os mil jogos, no dia 26 de novembro de 1961. O jogo aconteceu na Rua Bariri, e o Tricolor das Laranjeiras ficou no empate com o Olaria de 2 a 2. Humberto aos 9 minutos do primeiro tempo e Esquerdinha aos 7 minutos da etapa final fizeram para o Fluminense, enquanto Valter aos 13, e Didi aos 30 minutos da segunda etapa, deixaram tudo igual.

FOGÃO IRRESISTÍVEL: TÍTULO, INVENCIBILIDADE E O MILÉSIMO JOGO
Dezenove dias depois, o Fluminense foi novamente protagonista de mais um milésimo jogo. Só de que dessa vez quem chegou à marca, foi o BOTAFOGO FR. Disputado no Maracanã, o Clássico Vovô, teve o triunfo do Alvinegro, que venceu por 1 a 0, no dia 14 de dezembro de 1961. O gol só poderia ser do maior ídolo da história do Botafogo: Mané Garrincha marcou aos 6 minutos do segundo tempo. Além da marca, nesse jogo o Alvinegro chegou a 41 partidas invictas e no final, conquistou o título Estadual.

MIL VEZES AMÉRICA
O AMÉRICA FC, que atualmente disputará a Segundona, já fez grandes jogos. Em 7 de julho de 1963, o Mequinha foi o terceiro clube a chegar aos mil jogos, ao golear o Canto do Rio por 4 a 1, no Estádio Caio Martins, em Niterói. A partida foi pela segunda rodada do primeiro turno. Nelsinho aos 6 minutos abriu o placar para o América; Homero aos 12 minutos empatou para o Cantusca; Sabará aos 41, da primeira etapa recolocou o América em vantagem. No segundo tempo, Zezinho aos 25, e Sabará aos 42 minutos fecharam o placar.

CAMPEÃO DE 1963, MENGÃO CHEGA AOS 1.000 JOGOS
O CR FLAMENGO, que só passou a disputar o Estadual em 1912, foi o quarto a atingir os 1.000 jogos em cariocas. No dia 10 de outubro de 1963, o Rubro-Negro enfrentou a Portuguesa Carioca, que era o time mandante e escolheu São Januário como palco do jogo. Quis o destino que o clube da Gávea alcançasse a marca no campo do arqui-rival, e com vitória por 1 a 0, gol assinalado pelo volante Nélson, de pênalti, aos 42 minutos do primeiro tempo. Nesse ano, o Flamengo conquistou o título carioca, com destaque para o atacante Airton, artilheiro do time com 15 gols.

CADETES SÃO O QUINTO CLUBE A CHEGAR A CASA DOS MIL
O SÃO CRISTÓVÃO FR para quem não sabe, foi o quinto clube a chegar ao milésimo jogo na competição. Pela sexta rodada do primeiro turno, no dia 9 de agosto de 1964, o time Cadete, jogando no seu Estádio de Figueira de Melo, empatou com o Vasco em 3 a 3. Num jogão, o Vasco abriu 2 a 0 no primeiro tempo, com o atacante Mário (aos 2 e 44 minutos). Na etapa final, o meia Valter diminuiu aos 5, mas Célio, de pênalti, ampliou para a cruz-de-malta. Dois minutos depois, Aladim encostou para o São Cri-Cri. E aos 44 minutos, Valter, de novo, igual o placar. Os cadetes terminaram o Estadual na 10ª posição.

BANGUZÃO: VICE-CAMPEONATO COM GOSTINHO 1.000
Vinte sete dias depois, foi à vez do BANGU AC atingir as 1.000 partidas na história da competição. No dia 5 de setembro de 1964, o Alvirrubro enfrentou o América, no Estádio Mario Filho, Maracanã, com um público de quase 10 mil pessoas. Apesar de uma partida bastante disputada do início ao fim, empate sem gols. O Bangu naquele ano, chegou a decisão contra o Fluminense, mas acabou perdendo os dois jogos: 1 a 0 e 3 a 0, terminando com o vice.

MACHÃO DA GAMA ALCANÇA A MILÉSIMA PARTIDA EM CARIOCAS
O sétimo clube, que completou mil partidas, foi o CR VASCO DA GAMA. No dia 2 de abril de 1972, válido pela sétima rodada da Taça Guanabara, no Clássico da Paz, o time de São Januário mesmo tendo craques como Buglê, Roberto Dinamite e Suíngue, não conseguiu passar pelo bom goleiro Jonas e ficou no empate com o América em 0 a 0, no Maracanã. Com uma renda de Cr$ 128.233,00 e um público de 20.235 pagantes. Naquele ano, o Vasco acabou na terceira posição, atrás de Fluminense (vice) e Flamengo (campeão).

BONSUÇA ESTREIA EM 1978 COMPLETANDO 1.000 PARTIDAS
O BONSUCESSO FC foi o oitavo clube a alcançar a marca histórica de 1.000 jogos em cariocas. A data especial aconteceu, no dia 3 de setembro, na estreia do Campeonato Estadual de 1978, contra o América, no Estádio Volnei Braune, no Andaraí. O Leão da Leopoldina foi derrotado por 2 a 0, mas no final terminou na sétima colocação, com 17 pontos, na frente de Bangu, Campo Grande, Madureira, Olaria e Portuguesa. Atualmente, o Rubro-anil é o 11º colocado no Ranking geral (1906 a 2009), com 742 pontos, em 1.126 jogos: 245 vitórias, 252 empates, 629 derrotas; marcando 1.409 gols e sofrendo 2.505, com um saldo negativo de 1.096.

ROMÁRIO E OLARIA... MIL E TUDO A VER
Dezoito anos depois, foi à vez do OLARIA AC chegar a incrível marca, se tornando o oitavo clube a alcançar 1.000 jogos. O time que revelou Romário, que 12 anos depois chegaria ao milésimo gol na carreira, também teve o seu dia Mil. A partida histórica aconteceu, no dia 22 de fevereiro de 1995, pela oitava rodada da taça Guanabara. Jogando no Estádio Mourão Filho, na Bariri, o Olaria acabou sendo derrotado pelo América pelo placar de 3 a 1. A festa parecia que seria do Olaria, já que o atacante Júnior, emprestado na época pelo Vasco, abriu o placar aos 3 minutos do segundo tempo. No entanto, Álvaro (29 min), Gilson (30 min) e Maurício (32 min), deram a vitória ao Mequinha. O time olariense terminou a competição daquele ano na décima quarta colocação.

TRICOLOR SUBURBANO É O DÉCIMO A CHEGAR AO MILÉSIMO JOGO
O último a completar a seleta lista dos mil jogos, foi o MADUREIRA EC. No dia 2 de junho de 1996, o Tricolor Suburbano enfrentou o Vasco da Gama, em São Januário. Apesar de ter jogadores de expressão como o goleiro Acácio, o volante Bonamigo e o atacante Gilson, o Madureira acabou goleado por 5 a 1. Demetrius abriu o marcador para o Madura aos 16 minutos, mas depois só deu Vasco. Assis, irmão de Ronaldinho Gaúcho, empatou aos 39 minutos do primeiro tempo. Nilson fez aos 5 e 10 minutos, e Válber aos 12 e 41 minutos da segunda etapa. No final, o Madura encerrou a sua participação no Estadual, na décima primeira posição.

OS PRÓXIMOS CANDIDATOS A 1.000 JOGOS SOMENTE DAQUI A DUAS DÉCADAS
O décimo primeiro clube, que pode chegar à milésima partida em campeonatos cariocas é: PORTUGUESA CARIOCA e AMERICANO DE CAMPOS. No entanto, essa marca vai demorar um pouco, já que o rubro-verde da Ilha, que atualmente disputa o Carioca da Série B, está com 724 jogos, restando 276 para chegar a 1.000.

Se a fórmula de disputa do Campeonato Carioca não mudar nos próximos 19 anos e a PORTUGUESA CARIOCA conseguir o acesso para a elite do Rio, esse ano, ela alcançará a marca de Mil partidas em 2029 (levando em consideração que ela não caia e não chegue às semifinais ou finais).

Já o AMERICANO DE CAMPOS, fechará o Carioca-2009, com 695 partidas (se o time chegar às semifinais e finais da Taça Guanabara e Taça Rio, esse número pode variar de 696 a 699 jogos). Sem contar com o rebaixamento, as fases semifinal e final, o Alvinegro Campista chegaria ao Milésimo jogo, no Campeonato Carioca de 2030.

CURIOSIDADE: MECÃO O ESTRAGA PRAZER

Nessa dezena de jogos, que marcaram a milésima partida em cariocas, um fato curioso. O AMÉRICA FC, além de ter vencido na sua partida de número 1.000, foi um estraga prazer, já que enfrentou quatro equipes nesta data história e não perdeu para ninguém. Foram duas vitórias (2 a 0 no Bonsucesso, 3 a 1 no Olaria) e dois empates (0 a 0 contra Bangu e Vasco). O Vasco da Gama encarou dois adversários e também saiu invicto: 3 a 3 contra o São Cristóvão e 5 a 1 no Madureira. O Botafogo fez apenas um jogo, mas não perdeu: 2 a 2 com o Fluminense.


Alexandre Magno Barreto Berwanger é historiador do futebol carioca e brasileiro.

Fonte: http://www.campeoesdofutebol.com.br

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Maiores Artilheiros por Temporada do Botafogo

1) Dino da Costa, 58 gols em 62 jogos (1954).
Torneio Rio-São Paulo, 7 gols em 9 jogos.
Campeonato Carioca, 24 gols em 26 jogos.
Amistosos e Torneios, 27 gols em 27 jogos.
Média - 0,93.

2) Quarentinha, 56 gols em 49 jogos (1960).
Torneio Rio-São Paulo, 11 gols em 8 jogos.
Campeonato Carioca, 25 gols em 21 jogos.
Amistosos e Torneios, 20 gols em 20 jogos.
Média - 1,14.

3) Quarentinha, 56 gols em 56 jogos (1959).
Torneio Rio-São Paulo, 2 gols em 6 jogos.
Campeonato Carioca*, 27 gols em 21 jogos.
Amistosos e Torneios, 27 gols em 29 jogos.
* Estão incluídos os jogos da decisão do 2º lugar.
Média - 1.

4) Quarentinha, 55 gols em 69 jogos (1958).
Torneio Rio-São Paulo, 6 gols em 9 jogos.
Torneio João T. de Carvalho, 10 gols em 5 jogos.
Campeonato Carioca, 20 gols em 23 jogos.
Amistosos e Torneios, 19 gols em 32 jogos.
Média - 0,79.

5) Túlio Maravilha, 54 gols em 59 jogos (1995).
Taça Guanabara, 1 jogo e nenhum gol.
Campeonato Carioca, 27 gols em 27 jogos.
Campeonato Brasileiro, 23 gols em 25 jogos.
Amistosos, 4 gols em 6 jogos.
Média - 0,91.

6) Amarildo, 53 gols em 71 jogos (1961).
Torneio Rio-São Paulo, 5 gols em 12 jogos.
Campeonato Carioca, 18 gols em 25 jogos.
Amistosos e Torneios, 30 gols em 34 jogos.
Média - 0,74.

7) Paulinho Valentim, 52 gols em 61 jogos (1957).
Torneio Rio-São Paulo, 4 gols em 9 jogos.
Campeonato Carioca, 22 gols em 22 jogos.
Amistosos e Torneios, 26 gols em 30 jogos.
Média - 0,85.

8) Túlio Maravilha, 47 gols em 58 jogos (1996).
Taça Cidade Maravilhosa, 10 gols em 7 jogos.
Campeões da CONMEBOL, 3 gols em 1 jogo.
Campeonato Carioca, 9 gols em 9 jogos.
Copa do Brasil, 1 gol em 2 jogos.
Taça Libertadores, 2 gols em 5 jogos.
Campeonato Brasileiro, 13 gols em 23 jogos.
Amistosos e Torneios, 9 gols em 11 jogos.
Média - 0,81.

9) Nilo Murtinho, 42 gols em 28 jogos (1927).
Campeonato Carioca, 30 gols em 18 jogos.
Amistosos, 12 gols em 10 jogos.
Média - 1,5.

10) Heleno de Freitas, 42 gols em 33 jogos (1946).
Torneio Relâmpago, 1 jogo e nenhum gol.
Torneio Municipal, 13 gols em 4 jogos.
Campeonato Carioca, 22 gols em 22 jogos.
Amistosos, 7 gols em 6 jogos.
Média - 1,27.

11) Zezinho, 41 gols em 49 jogos (1952).
Torneio Rio-São Paulo, 1 gol em 5 jogos.
Taça Carlos M. da Rocha (Torneio Extra), 7 gols em 5 jogos.
Campeonato Carioca, 16 gols em 17 jogos.
Amistosos e Torneios, 17 gols em 22 jogos.
Média - 0,85.

12) Amarildo, 41 gols em 54 jogos (1962).
Torneio Rio-São Paulo, 8 gols em 7 jogos.
Campeonato Carioca, 15 gols em 24 jogos.
Taça Brasil, 3 gols em 5 jogos.
Amistosos e Torneios, 15 gols em 18 jogos.
Média - 0,75.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Campeonato Brasileiro 1984


Em pé: Aldo, Paulo Victor, Duílio, Ricardo Gomes, Jandir e Branco
Agachados: Romerito, Delei, Washington, Assis e Tato.

Crédito: http://ibituruna.blogspot.com

Campeonato Brasileiro de Futebol de 1984

Dados

Participantes 41
Período 28 de Janeiro - 27 de Maio
Gol(o)s 737 (2,41)
Campeão Fluminense
Vice-campeão Vasco
Melhor marcador Roberto Dinamite (Vasco)
(16 gols)
Público 5.668.038 (18.523)

O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1984 foi vencido pelo Fluminense, que assim conquistou seu segundo título nacional, após a conquista do Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 1970.
Foi mantido (pela quinta e última vez) o sistema de acesso da série B para a série A dentro do mesmo ano, mas agora para apenas um clube, e diretamente para a terceira fase. O beneficiado neste ano foi o Uberlândia/MG, campeão da série B, rebatizada provisoriamente de "Taça CBF".
O prejudicado com a mudança do regulamento foi o Juventus (SP), campeão da Série B em 1983, que não teve vaga na Série A. Em vez disso, e em função de muitas reclamações com o sistema de classificação via campeonatos regionais, a CBF reservou 2 vagas para os clubes que, apesar de terem bom retrospecto no brasileiro, tivessem ido mal nos estaduais do ano anterior. Em 1984, os beneficiados foram o Vasco da Gama/RJ, 7º colocado no Campeonato Carioca, e o Grêmio, 3º lugar no campeonato gaúcho.
Pela primeira vez, a final do Campeonato Brasileiro ocorreu entre dois clubes cariocas, refletindo o forte futebol do Rio de Janeiro durante boa parte da década de 1980.

A Decisão

24 de Maio, 1984
Vasco da Gama 0 – 1 Fluminense Maracanã, Rio de Janeiro
Público: 63.156
Árbitro: Luís Carlos Félix
Romerito Gol 23'
Vasco da Gama: Roberto Costa; Edevaldo, Ivan, Daniel González e Aírton; Pires, Arturzinho e Mário (Geovani); Mauricinho (Jussiê), Roberto Dinamite e Marquinho. Técnico: Edu Antunes Coimbra.
Fluminense: Paulo Víctor, Aldo, Duílio, Ricardo Gomes e Renato; Jandir, Delei (Renê) e Assis; Romerito, Washington (Wilsinho) e Tato. Técnico: Carlos Alberto Parreira.

28 de Maio, 1984
Fluminense 0 – 0 Vasco da Gama Maracanã, Rio de Janeiro
Público: 128.781
Árbitro: Romualdo Arppi Filho
Fluminense: Paulo Víctor; Aldo, Duílio, Ricardo Gomes e Branco; Jandir, Delei e Assis; Romerito, Washington e Tato. Técnico: Carlos Alberto Parreira.
Vasco da Gama: Roberto Costa; Edevaldo, Ivan, Daniel González e Aírton; Pires, Arturzinho e Mário; Jussiê (Marcelo), Roberto Dinamite e Marquinho. Técnico: Edu Antunes Coimbra.

Fonte: http://ibituruna.blogspot.com

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Campeonato carioca 1910

Rio de Janeiro Championship 1910

Source: "Campeonato Carioca: 96 Anos de História 1902-1997", book written byRoberto Assaf and Clóvis Martins.
01/May - América 2-5 Fluminense (Rua Guanabara). Gols: Mongey e Lincoln p/o América; Gallo, Emile Etchegaray, Carlos Villaça (contra) e Alberto Borgerth (2) p/o Fluminense.
15/May - Riachuelo 7-2 Haddock Lobo (Rua Voluntários da Pátria). Gols: Nabuco Prado (2), Loth Silva (2), Paulo Araújo, Romeu D’Ambrózio e Halley (Riachuelo); Mendonça e Trompowsky (Haddock Lobo).
22/May - América 4-1 Botafogo (Rua Guanabara). Gols: Dell Nero (2), Horácio Figueiredo e Jônathas (América); Emmanuel Sodré (Botafogo). Fonte: Jornal do Commercio.
29/May - Haddock Lobo 4-0 Rio Cricket (Rua Guanabara). Gols: Ávila, Egas, Antonino e Ávila.
05/Jun - Botafogo 9-1 Riachuelo (Rua Voluntários da Pátria). Gols: Abelardo de Lamare (4), Mimi Sodré (2), Lefévre, Lulú Rocha e Dinorah (Botafogo); João de Oliveira (Riachuelo).
05/Jun - Haddock Lobo 0-5 Fluminense (Rua Guanabara). Gols: Humberto (2), Monk, Juca (contra) e Emile Etchegaray.
19/Jun - Fluminense 4-1 Rio Cricket (Rua Guanabara). Gols: Monk (2), Alfredo e Millar (Flu); Watkins (Rio Cricket).
19/Jun - Riachuelo 2-3 América (Rua Voluntários da Pátria). Gols: Halley e Nabuco Prado (Riachuelo); Dell Nero (2) e Peres (América).
26/Jun - Fluminense 1-3 Botafogo (Rua Guanabara). Gols: Gallo (Fluminense); Abelardo de Lamare, Mimi Sodré e Décio Viccari (Botafogo).
03/Jul - América 3-0 Rio Cricket (Rua Guanabara). Gols: Dell Nero e Gabriel (2).
03/Jul - Botafogo 7-0 Haddock Lobo (Rua Voluntários da Pátria). Gols: Abelardo de Lamare (3), Décio Viccari (3) e Mimi Sodré.
10/Jul - Botafogo 6-0 Rio Cricket (Rua Voluntários da Pátria). Gols: Flávio Ramos (2), Emmanuel Sodré, Rolando de Lamare, Mimi Sodré e Décio Viccari.
10/Jul - Fluminense 7-1 Riachuelo (Rua Guanabara). Gols: Monk (3), Motta (2), Gallo e Emile Etchegaray (Fluminense); Loth Silva (Riachuelo).
17/Jul - Haddock Lobo 2-4 América (Rua Guanabara). Gols: Juca e Torres (Haddock Lobo); Belfort Duarte (2), Aquino e Delveaux de Gouveia (América).
24/Jul - Riachuelo 0-WO Rio Cricket (Rua Magalhães Castro). O Rio Cricket não compareceu.
31/Jul - Fluminense 4-2 América (Rua Guanabara). Gols: Edwin Cox (3) e Monk (Fluminense); Peres e Dell Nero (América).
07/Aug - Rio Cricket 0-5 Botafogo (Rua Voluntários da Pátria). Gols: Lauro Sodré (2), Mimi Sodré, Décio Viccari e Abelardo de Lamare.
07/Aug - Haddock Lobo 1-4 Riachuelo (Rua Guanabara). Gols: Indisponíveis.
21/Aug - Rio Cricket 1-1 Fluminense (Rua Guanabara). Gols: Gepp (Rio Cricket); Millar (Fluminense).
04/Sep - Riachuelo 1-15 Botafogo (Rua Guanabara). Gols: Nabuco Prado (Riachuelo); Abelardo de Lamare (7), Décio Viccari (3), Mimi Sodré (3), Emmanuel Sodré e Rolando de Lamare (Botafogo).
04/Sep - Rio Cricket 2-1 Haddock Lobo (Rua Da Constituição, Icarahy, Niterói). Gols: McGregor e Calvert (Rio Cricket); Imbuzeiro (Haddock Lobo).
11/Sep - Botafogo 3-1 América (Rua Voluntários da Pátria). Gols: Lauro Sodré, Décio Viccari e Mimi Sodré (Botafogo); Peres (América).
18/Sep - América 0-WO Riachuelo (Rua Guanabara). O Riachuelo não compareceu.
25/Sep - Botafogo 6-1 Fluminense (Rua Voluntários da Pátria). Gols: Abelardo de Lamare (3), Décio Viccari (2) e Mimi Sodré (Botafogo); Lulú Rocha (contra) p/o Fluminense.
02/Oct - Haddock Lobo 0-11 Botafogo (Rua Voluntários da Pátria). Gols: Rolando de Lamare (4), Abelardo de Lamare (3), Décio Viccari (2), Lulú Rocha e Dinorah.
02/Oct - Rio Cricket 0-2 América (Rua Da Constituição, Icarahy, Niterói). Gols: Sebastião e Dell Nero.
09/Oct - Riachuelo WO-0 Fluminense (Rua Guanabara). O Riachuelo não compareceu.
16/Oct - América 10-1 Haddock Lobo (Rua Guanabara). Gols: Mário Mendes, Dell Nero, Gabriel, Dell Nero, Gabriel, Horácio Figueiredo, Dell Nero, Sebastião, Dell Nero e Gabriel (América); Pinho (Haddock Lobo).
20/Oct - Fluminense 0-WO Haddock Lobo (Rua Guanabara). O Haddock Lobo não compareceu.
30/Oct - Rio Cricket 0-WO Riachuelo (Rua Da Constituição, Icarahy, Niterói). O Riachuelo não compareceu.

Jogo do Título

BOTAFOGO 6 x 1 FLUMINENSE
Data – 25 / 09 / 1910
Local – Rua Voluntários da Pátria (Rio de Janeiro – RJ)
Árbitro – A. W. Hassell
Gols – Abelardo de Lamare (3), Décio Viccari (2) e Mimi Sodré p/o Botafogo; Lulú Rocha (contra) p/o Fluminense.
Botafogo – Coggin, Edgard Pullen e Dinorah; Rolando de Lamare, Lulú Rocha e Lefévre; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Décio Viccari, Mimi Sodré e Lauro Sodré. Fluminense – Waterman, Ernesto Paranhos e Félix Frias; Nery, Gallo e Mutzenbecher; Millar, Oswaldo Gomes, Edwin Cox, Gilbert Hime e Alberto Borgerth.

Topscorers:Abelardo de Lamare (Botafogo), 22 gols. Décio Viccari (Botafogo), 14. Mimi Sodré (Botafogo) e Dell Nero (América), 11. H. W. J. Monk (Fluminense), 7.

Fonte: www.rsssfbrasil.com

sábado, 24 de janeiro de 2009

Fantasmas Azuis

Engenho de Dentro Atlético Clube, ou EDAC, como é mais conhecido, foi fundado em 3 de novembro de 1912 e assustava seus adversários com estupendas vitórias e títulos nas décadas de 20 e 30. Ficaram conhecidos como Fantasmas Azuis por conta das cores que acarrega até hoje: azul e branco.

Dia 30 de setembro de 1950, duas semanas depois de a seleção brasileira perder para o Uruguai a final da Copa do Mundo, o EDAC participou como convidado do I Torneio Início do Campeonato Carioca da "Era Maracanã". Foi eliminado pelo Olaria após derrota para o Olaria no jogo III: 1 a 0 para o clube leopoldinense.

Seu campo ficava localizado na antiga Rua Engeho de Dentro, atual Adolfo Bergamini, entre os números 151 e 155. No local hoje funciona a Escola Municipal Rio Grande do Sul. Adiante, em 1946, o campo passou a ser na Rua Henrique Scheid. A inauguração ocorreu dia 7 de setembro daquele ano, com vitória do Vasco por 4 a 2 sobre o Flamengo, em um duelo de equipes mistas. O campo existe até hoje, como campo de peladas e é um dos últimos gramaos remanescentes da époda do Departamento Autônomo.

Cada vez mais distante de seu passado de glórias, o clube existe até hoje, modestamente, com um ginásio na Rua Monsenhor Jerônimo 135, no mesmo bairro. Lá, um guardião toma conta de seus arquivos, troféus e livros com recortes de jornal que recuperam a história do clube. Tudo isto deveria estar guardado em um arquivo esportivo público, para que ninguém esquecesse da existência dos Fantasmas Azuis.

Títulos do Engenho de Dentro Atlético Clube

- Tri-campeão da Liga Suburbana- 1916/17/18
- Vencedor do Torneio Início da Série C da LMDT (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres) - 1924
-Campeão da 1ª divisão da Série C (disputando o titulo máximo com o Vasco e o Bonsucesso, Campeões das serie A e B)-1924
- Campeão Carioca pela LMDT (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres) - 1925
- Campeão da 2ª divisão da AMEA - 1932
- Campeão da Sub-liga Carioca - 1935
- Campeão Carioca pela FAS (Federação Atlética Suburbana) - 1937 e 1939
- Campeão Carioca pelo Departamento Autônomo (Primeiro Campeão do DA) - 1949

Raymundo Quadros

Fonte: http://www.sidneyrezende.com/editoria/futrio

Jogos Inesquecíveis do Bonsucesso

No setor nacional, as mais expressivas e brilhantes vitórias foram estas:
Em 1931, no returno do Campeonato, vencemos o C.R. Flamengo pela elevada contagem de 6x2.

Em 1932, no Parque Antártica, contra o Palestra Itália, hoje Palmeiras, até então invicto contra equipes cariocas, o Cesso venceu por 3x1. Na equipe alviverde figuraram Primo, Bianco, Serafini, Ministrinho, Romeu, Amílcar, Pepe, Lara, Imperato e Gogliardo. A atuação de nossos defensores foi tão saliente que mereceu da imprensa paulista o galardão de "Esquadrão Acadêmico" como era conhecido por vários anos.

Em 1933, vencemos o famoso esquadrão do São Paulo FC, no Torneio Rio-São Paulo, por 5x4, integrado por "astros" da categoria de Nestor, Bartô, Orozimbo, Waldemar de Brito, Frienderich, Petronilho e Hercules.

Em 1938, o Bonsucesso FC depois de estar perdendo por 3 a 0, em sensacional "virada", derrotou o Flamengo por 4x3.

Em 1956, perdíamos por 4 a 0 para o Vasco da Gama, quando em brilhantíssima reação igualamos a contagem em 4x4.

No setor do futebol internacional, o Bonsucesso figura entre os clubes brasileiros que mais atuaram no estrangeiro, visitando 46 paises das Américas, Europa, África, Oriente, Ásia e Arábia, onde disputou 104 partidas, vencendo 76, empatando 16 e perdendo 12, com um saldo de 49 gols.

As mais expressivas vitórias internacionais foram estas: na Bulgária, contra a seleção búlgara por 3 a 2; na Romênia contra o campeão Rapid de Bucarest, por 1x0; contra a Seleção Chilena, por 2x1; contra o campeão peruano, o Alianza, por 2x0; contra o Guadalajara do México, por 3x1; contra as seleções do Líbano por 5x1; Síria, por 1x0; Jordânia, por 4x1; Líbia, por 6x1; Porto Rico, por 2x1; El Salvador, por 3x0, contra o Santa Fé, da Colômbia, por 2x1; em Frankfurt, na Alemanha, por 2x0; na Polônia, contra o Kawich por 2x1; na França contra o Reins, por 2x1; na Venezuela, contra o Circuito Italiano, por 3x2; na Noruega contra o Skai, por 1x0 e na Espanha contra o Espanhol de Barcelona por 2x1.

Fonte: www.fanaticospelocesso.blogspot.com

Pedro Amorim

Pedro Amorim

Crédito: http://www.museudosesportes.com.br/
Pedro Amorim, Ademir, Simões, Orlando e Rodrigues é uma linha de ataque com um destaque especial na galeria das conquistas do Fluminense. São os atacantes do super campeonato de 1946, quando o Fluminense, depois de dois turnos disputadíssimos, acabou empatado no primeiro lugar com o Flamengo, Botafogo e América. Era o tempo do campeonato de dois turnos com pontos corridos e um jogo em casa e o outro do campo do adversário.

O supercampeonato foi um extra duríssimo. Em cada time, cinco ou seis cracões e duas ou três feras de desequilibrar qualquer jogo. Tinha o Botafogo de Heleno de Freitas, Geninho, Ary, Nilton e Tovar. O América assustava com a famosa linha atacante “tico tico no fubá” – China. Maneco. César. Lima e Jorginho. O Flamengo desequilibrava com Biguá. Jayme de Almeida. Zizinho, Luiz Borracha e Vevé.

Pedro Amorim comenta que o super campeonato foi muito difícil, tecnicamente bom e emocionante. Cada partida era uma decisão e sempre com os estádios lotados. E o ponta direita tricolor tem muitas recordações daquele campeonato.
- "Três foram especiais e todas no jogo final contra o Botafogo quando vencemos por 1x0 e conquistamos o titulo. Primeiro porque dei o passe para o gol de Ademir que definiu o campeonato. Depois por um episódio de certo modo sentimental, Heleno de Freitas, embora adversário de clube, era um dos meus maiores amigos. Sempre que possível estávamos juntos fora dos gramados. Ele estudava Direito e eu Medicina. Muitas vezes trocamos idéias sobre os estudos. Eu tomando minha cervejinha, ele com aquele porte elegante, sempre esnobe, sorvendo um gim tônico em copo enfeitado com uma casquinha de limão. Numa dessas ocasiões, antes do super campeonato fizemos uma aposta – Se os dois times disputassem a final, que perdesse pagaria a noitada do outro: bebida, jantar e até uma esticada a uma casa noturna".

Pedro Amorim lembra que a finalissima mexeu com toda a cidade do Rio de Janeiro.
- "São Januário lotou cedinho. Já no campo corri para o Heleno e falei da aposta. Como se não tivesse ninguém pela frente, ele ironizou. Apostava o carro, o apartamento na Zona Sul e o salário. Foi um jogo nervoso. Heleno fez um partidão. Criou grandes jogadas de gol e numa delas colocou seu ponta esquerda Braguinha na cara do nosso goleiro Robertinho. Era só trocar e a bola entrava. Robertinho nem se mexia, batido por antecipação. A torcida do Botafogo estava preparada para comemorar o gol quando Braguinha enfiou o pé e a bola passou por cima da trave. Logo depois Ademir fez o nosso gol. Quando o juiz encerrou o jogo procurei o amigo Heleno. Ao me ver, ficou meio sem jeito. E como quisesse evitar que o ironizasse pela vitória e pela aposta, reagiu com uma frase inesquecível: Também, Pedro, jogando com o Braguinha..."

Pedro Amorim deixou a Bahia e foi para o Rio de Janeiro muito moço. Unia o útil ao agradável: Medicina e futebol. E realizou seu o sonho de conhecer o Rio, suas praias, suas noites encantadas, seu povo, enfim, uma filosofia de vida bem diferente da então pacata e bucólica Salvador. Jogou sempre no Fluminense e vestiu também a camisa da seleção carioca e brasileira. Ganhou títulos, dinheiro, fama e se formou em Medicina. Mas a glória, a grande lembrança foi o supercampeonato de 1946, com o técnico Gentil Cardoso. E encerra escalando a equipe do Fluminense: "Robertinho. Gualter e Haroldo. Pascoal, Telesca e Bigode. Eu. Ademir. Simões (Careca jogou a final). Orlando e Rodrigues. Que time! A gente jogava por musica!"

Fonte: http://www.museudosesportes.com.br/