Pedro Amorim
Crédito: http://www.museudosesportes.com.br/
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Pedro Amorim, Ademir, Simões, Orlando e Rodrigues é uma linha de ataque com um destaque especial na galeria das conquistas do Fluminense. São os atacantes do super campeonato de 1946, quando o Fluminense, depois de dois turnos disputadíssimos, acabou empatado no primeiro lugar com o Flamengo, Botafogo e América. Era o tempo do campeonato de dois turnos com pontos corridos e um jogo em casa e o outro do campo do adversário.
O supercampeonato foi um extra duríssimo. Em cada time, cinco ou seis cracões e duas ou três feras de desequilibrar qualquer jogo. Tinha o Botafogo de Heleno de Freitas, Geninho, Ary, Nilton e Tovar. O América assustava com a famosa linha atacante “tico tico no fubá” – China. Maneco. César. Lima e Jorginho. O Flamengo desequilibrava com Biguá. Jayme de Almeida. Zizinho, Luiz Borracha e Vevé.
Pedro Amorim comenta que o super campeonato foi muito difícil, tecnicamente bom e emocionante. Cada partida era uma decisão e sempre com os estádios lotados. E o ponta direita tricolor tem muitas recordações daquele campeonato.
- "Três foram especiais e todas no jogo final contra o Botafogo quando vencemos por 1x0 e conquistamos o titulo. Primeiro porque dei o passe para o gol de Ademir que definiu o campeonato. Depois por um episódio de certo modo sentimental, Heleno de Freitas, embora adversário de clube, era um dos meus maiores amigos. Sempre que possível estávamos juntos fora dos gramados. Ele estudava Direito e eu Medicina. Muitas vezes trocamos idéias sobre os estudos. Eu tomando minha cervejinha, ele com aquele porte elegante, sempre esnobe, sorvendo um gim tônico em copo enfeitado com uma casquinha de limão. Numa dessas ocasiões, antes do super campeonato fizemos uma aposta – Se os dois times disputassem a final, que perdesse pagaria a noitada do outro: bebida, jantar e até uma esticada a uma casa noturna".
Pedro Amorim lembra que a finalissima mexeu com toda a cidade do Rio de Janeiro.
- "São Januário lotou cedinho. Já no campo corri para o Heleno e falei da aposta. Como se não tivesse ninguém pela frente, ele ironizou. Apostava o carro, o apartamento na Zona Sul e o salário. Foi um jogo nervoso. Heleno fez um partidão. Criou grandes jogadas de gol e numa delas colocou seu ponta esquerda Braguinha na cara do nosso goleiro Robertinho. Era só trocar e a bola entrava. Robertinho nem se mexia, batido por antecipação. A torcida do Botafogo estava preparada para comemorar o gol quando Braguinha enfiou o pé e a bola passou por cima da trave. Logo depois Ademir fez o nosso gol. Quando o juiz encerrou o jogo procurei o amigo Heleno. Ao me ver, ficou meio sem jeito. E como quisesse evitar que o ironizasse pela vitória e pela aposta, reagiu com uma frase inesquecível: Também, Pedro, jogando com o Braguinha..."
Pedro Amorim deixou a Bahia e foi para o Rio de Janeiro muito moço. Unia o útil ao agradável: Medicina e futebol. E realizou seu o sonho de conhecer o Rio, suas praias, suas noites encantadas, seu povo, enfim, uma filosofia de vida bem diferente da então pacata e bucólica Salvador. Jogou sempre no Fluminense e vestiu também a camisa da seleção carioca e brasileira. Ganhou títulos, dinheiro, fama e se formou em Medicina. Mas a glória, a grande lembrança foi o supercampeonato de 1946, com o técnico Gentil Cardoso. E encerra escalando a equipe do Fluminense: "Robertinho. Gualter e Haroldo. Pascoal, Telesca e Bigode. Eu. Ademir. Simões (Careca jogou a final). Orlando e Rodrigues. Que time! A gente jogava por musica!"
Fonte: http://www.museudosesportes.com.br/
O supercampeonato foi um extra duríssimo. Em cada time, cinco ou seis cracões e duas ou três feras de desequilibrar qualquer jogo. Tinha o Botafogo de Heleno de Freitas, Geninho, Ary, Nilton e Tovar. O América assustava com a famosa linha atacante “tico tico no fubá” – China. Maneco. César. Lima e Jorginho. O Flamengo desequilibrava com Biguá. Jayme de Almeida. Zizinho, Luiz Borracha e Vevé.
Pedro Amorim comenta que o super campeonato foi muito difícil, tecnicamente bom e emocionante. Cada partida era uma decisão e sempre com os estádios lotados. E o ponta direita tricolor tem muitas recordações daquele campeonato.
- "Três foram especiais e todas no jogo final contra o Botafogo quando vencemos por 1x0 e conquistamos o titulo. Primeiro porque dei o passe para o gol de Ademir que definiu o campeonato. Depois por um episódio de certo modo sentimental, Heleno de Freitas, embora adversário de clube, era um dos meus maiores amigos. Sempre que possível estávamos juntos fora dos gramados. Ele estudava Direito e eu Medicina. Muitas vezes trocamos idéias sobre os estudos. Eu tomando minha cervejinha, ele com aquele porte elegante, sempre esnobe, sorvendo um gim tônico em copo enfeitado com uma casquinha de limão. Numa dessas ocasiões, antes do super campeonato fizemos uma aposta – Se os dois times disputassem a final, que perdesse pagaria a noitada do outro: bebida, jantar e até uma esticada a uma casa noturna".
Pedro Amorim lembra que a finalissima mexeu com toda a cidade do Rio de Janeiro.
- "São Januário lotou cedinho. Já no campo corri para o Heleno e falei da aposta. Como se não tivesse ninguém pela frente, ele ironizou. Apostava o carro, o apartamento na Zona Sul e o salário. Foi um jogo nervoso. Heleno fez um partidão. Criou grandes jogadas de gol e numa delas colocou seu ponta esquerda Braguinha na cara do nosso goleiro Robertinho. Era só trocar e a bola entrava. Robertinho nem se mexia, batido por antecipação. A torcida do Botafogo estava preparada para comemorar o gol quando Braguinha enfiou o pé e a bola passou por cima da trave. Logo depois Ademir fez o nosso gol. Quando o juiz encerrou o jogo procurei o amigo Heleno. Ao me ver, ficou meio sem jeito. E como quisesse evitar que o ironizasse pela vitória e pela aposta, reagiu com uma frase inesquecível: Também, Pedro, jogando com o Braguinha..."
Pedro Amorim deixou a Bahia e foi para o Rio de Janeiro muito moço. Unia o útil ao agradável: Medicina e futebol. E realizou seu o sonho de conhecer o Rio, suas praias, suas noites encantadas, seu povo, enfim, uma filosofia de vida bem diferente da então pacata e bucólica Salvador. Jogou sempre no Fluminense e vestiu também a camisa da seleção carioca e brasileira. Ganhou títulos, dinheiro, fama e se formou em Medicina. Mas a glória, a grande lembrança foi o supercampeonato de 1946, com o técnico Gentil Cardoso. E encerra escalando a equipe do Fluminense: "Robertinho. Gualter e Haroldo. Pascoal, Telesca e Bigode. Eu. Ademir. Simões (Careca jogou a final). Orlando e Rodrigues. Que time! A gente jogava por musica!"
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