Jogando contra o Arsenal, em São Januario, Jair era o craque do Flamengo e foi o craque do jogo. Meses depois, o mandaram embora, acusado de fazer corpo mole. A foto é do jogo com o Arsenal da Inglaterra.
Em pé: Biguá. Bria. Beto. Job. Garcia e Juvenal.
Agachados: Bodinho. Gringo. Durval. JAIR e Esquerdinha.
Jair da Rosa Pinto tinha 28 anos e num domingo de 1949 enfrentaria sua ex-equipe, que estava mais forte do que nunca, enquanto seu atual time vinha sendo formado por veteranos como Bria, Jaime, Gringo e Esquerdinha. Dava para comparar ? E ainda tinha queriam que ele dissesse que ia ganhar.
Quando lhe perguntaram ganhamos do Vasco ? - Jair levantou os olhos e viu a figura de Ary Barroso, popularíssimo narrador de rádio e rubro negro fanático.
Ganhamos Jair ? – Não sei, não – respondeu seu entusiasmo – Se Deus ajudar...
Abatido por causa de certas incompreensões de que se julgava vitima e pessimista por conhecer o poderio do Vasco, Jair estava desanimado principalmente com o técnico do Flamengo, Kanela, que viera do basquete e criara para o jogo uma tática complicada. Ele queria que Jair fizesse um tipo de marcação em Danilo que lhe exigiria uma intensa mobilidade no gramado. Jair não gostava disse, discutiu com Kanela e pediu para não ser escalado.No domingo, porém, voltou atrás e todas suas previsões começaram falhando. O Flamengo fez 2x0 e partiu para uma goleada sobre o imbatível Vasco da Gama. De repente, num ataque rápido, Jair ficou frente a frente com o goleiro Moacir Barbosa, considerado o melhor do Brasil. O que se passou naquele momento ninguém mais conseguiria reconstituir com exatidão. Presença de espírito de Barbosa, que fechou o ângulo ? Nervosismo de Jair ? O fato é que a bola foi para fora. E a partir daí ocorreram duas coisas espantosas: o Flamengo inteiro se encolheu, com Jair se escondendo para trás do grande circulo, e o Vasco iniciou uma fulminante reação, marcando um, dois, três, quatro, cinco gols. Final: Vasco 5x2.
Ary Barroso, transmitindo a partida, não pôde conter sua indignação pelo que via. Aquilo era uma vergonha, algo indigno das tradições rubro negras. Ao microfone, relembrou seu diálogo com Jair na concentração. – “Um covarde” – bradava o locutor, para quem o jogador, depois de sua resposta, de seu gol perdido e de sua omissão, não tinha condições de defender o Flamengo. E incitou a torcida, pelo ar, a queimar a camisa de Jair.
Até morrer, em 1964, Ary Barroso garantiu que a camisa fora queimada. E até enquanto estava vivo, embora detestava abordar o assunto, Jair afirmava o contrário. A camisa realmente queimada durante a revolta irada dos flamenguistas foi uma camisa qualquer, apanhadas ao acaso para simbolizar o inconformismo da massa.
Jair ficou inconformado e não poderia continuar no Flamengo nem no Rio de Janeiro. Uma semana depois, se transferiu para o Palmeiras e recomeçou tudo outra vez.
Fonte: www.museudosesportes.com.br
Em pé: Biguá. Bria. Beto. Job. Garcia e Juvenal.
Agachados: Bodinho. Gringo. Durval. JAIR e Esquerdinha.
Jair da Rosa Pinto tinha 28 anos e num domingo de 1949 enfrentaria sua ex-equipe, que estava mais forte do que nunca, enquanto seu atual time vinha sendo formado por veteranos como Bria, Jaime, Gringo e Esquerdinha. Dava para comparar ? E ainda tinha queriam que ele dissesse que ia ganhar.
Quando lhe perguntaram ganhamos do Vasco ? - Jair levantou os olhos e viu a figura de Ary Barroso, popularíssimo narrador de rádio e rubro negro fanático.
Ganhamos Jair ? – Não sei, não – respondeu seu entusiasmo – Se Deus ajudar...
Abatido por causa de certas incompreensões de que se julgava vitima e pessimista por conhecer o poderio do Vasco, Jair estava desanimado principalmente com o técnico do Flamengo, Kanela, que viera do basquete e criara para o jogo uma tática complicada. Ele queria que Jair fizesse um tipo de marcação em Danilo que lhe exigiria uma intensa mobilidade no gramado. Jair não gostava disse, discutiu com Kanela e pediu para não ser escalado.No domingo, porém, voltou atrás e todas suas previsões começaram falhando. O Flamengo fez 2x0 e partiu para uma goleada sobre o imbatível Vasco da Gama. De repente, num ataque rápido, Jair ficou frente a frente com o goleiro Moacir Barbosa, considerado o melhor do Brasil. O que se passou naquele momento ninguém mais conseguiria reconstituir com exatidão. Presença de espírito de Barbosa, que fechou o ângulo ? Nervosismo de Jair ? O fato é que a bola foi para fora. E a partir daí ocorreram duas coisas espantosas: o Flamengo inteiro se encolheu, com Jair se escondendo para trás do grande circulo, e o Vasco iniciou uma fulminante reação, marcando um, dois, três, quatro, cinco gols. Final: Vasco 5x2.
Ary Barroso, transmitindo a partida, não pôde conter sua indignação pelo que via. Aquilo era uma vergonha, algo indigno das tradições rubro negras. Ao microfone, relembrou seu diálogo com Jair na concentração. – “Um covarde” – bradava o locutor, para quem o jogador, depois de sua resposta, de seu gol perdido e de sua omissão, não tinha condições de defender o Flamengo. E incitou a torcida, pelo ar, a queimar a camisa de Jair.
Até morrer, em 1964, Ary Barroso garantiu que a camisa fora queimada. E até enquanto estava vivo, embora detestava abordar o assunto, Jair afirmava o contrário. A camisa realmente queimada durante a revolta irada dos flamenguistas foi uma camisa qualquer, apanhadas ao acaso para simbolizar o inconformismo da massa.
Jair ficou inconformado e não poderia continuar no Flamengo nem no Rio de Janeiro. Uma semana depois, se transferiu para o Palmeiras e recomeçou tudo outra vez.
Fonte: www.museudosesportes.com.br
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