Didi: o Príncipe Etíope da Folha Seca
por: Daniel Batista
Didi foi um dos maiores jogadores do futebol mundial . Craque que ganhou o apelido de Príncipe Etíope devido seu estilo clássico e elegante de atuar em todos os times que passou pela sua vitória carreira, e também Folha Seca, decorrente de seu chute de longa distância que ganhava um efeito impressionante. Tudo começou em 1943, no time infantil do São Cristóvão. Ainda nas categorias de base, defendeu o Industrial, Rio Branco, Goytacaz e Americano.
Sua carreira quase foi interrompida quando ainda tinha 14 anos. Uma infecção no joelho, sofrida durante um jogo, o deixou em uma cadeira de rodas e quase teve que amputar a perna. Mas o tempo fez com que o futuro craque se recuperasse, a tal ponto de encantar o mundo com seu futebol.
Dois anos depois da doença, Didi já estava atuando em jogos oficiais. Em 1945, defendeu o Americano de Campos, e em seguida foi para o Lençoense e Madureira. No ano seguinte seguiu para o Fluminense, onde passou dez anos e ficou marcado com um dos melhores jogadores da história do Tricolor carioca, marcando quase 100 gols pela equipe. Além disso, o Príncipe Etíope foi o primeiro jogador a marcar um gol no estádio do Maracanã. Isso aconteceu na derrota da Seleção Carioca para a Paulista, por 2 a 1.
Em relação ao apelido Folha Seca, Didi inventou a jogada em 1956, quando defendia o Fluminense em uma partida contra o América, pelo Campeonato Carioca. Machucado, o ex-jogador não podia dar chutes fortes de longa distância, por isso ele inventou uma nova forma de bater na bola. Acertava o meio da mesma que fazia uma curva espetacular e enganava o goleiro.
No mesmo ano se transferiu para o Botafogo, onde também deixou sua marca. Em 313 jogos, foram 113 gols marcados. Em 1957, Didi cumpriu uma promessa curiosa. Campeão Carioca daquele ano, o ex-jogador atravessou a cidade do Rio de Janeiro caminhando como forma de agradecimento. A boa fase, aliada ao título da Copa do Mundo, fez com que o Real Madrid, de Puskas e Di Stefano, despertasse o interesse no brasileiro e o contratasse. Porém, Didi não brilhou na Espanha, e teve uma modesta passagem pelo futebol europeu.
No final da carreira, Didi ainda passou pelo São Paulo, em 1964 e 66. Sem a mesma condição física, o jogador não teve o mesmo sucesso que no futebol carioca. Além disso, o Tricolor paulista não tinha um grande time na época, devido a todo investimento estar sendo feito na construção do estádio do Morumbi. O final de carreira, aliado ao fraco time, fez com que o Folha Seca tivesse uma discreta passagem pelo futebol paulista.
Quando o assunto é Seleção Brasileira, Didi também foi vitorioso. Em 1954 fez parte da seleção que disputou o Pan-Americano e depois foi para Copa do Mundo na Suíça. Quatro anos depois, a consagração: campeão e eleito o melhor jogador do Mundial de 58. Seguindo a trajetória vitoriosa, foi bicampeão em 62, no Chile, dividindo o status de craque do time com Mané Garrincha.
Em 1964, Didi decidiu aposentar da carreira de jogador e virar técnico de futebol. Como treinador, passou por vários times, mas sua maior conquista foi montar a seleção do Peru, que disputou a Copa do Mundo de 1970 e que foi eliminada pelo Brasil, nas quartas-de-final, por 4 a 2. Folha Seca abandonou definitivamente o futebol em 1987, após uma operação na coluna. Em 12 de maio de 2001, Didi, com 71 anos, faleceu decorrente de problemas cardíacos. Um ano antes havia entrado no Hall da Fama da Fifa, que tem entre outros gênios da bola, Beckenbauer, Pelé e Platini.
Dados
Nome: Valdir Pereira
Nascimento: 08/10/1929, em Campos, no Rio de Janeiro
Clubes:
- Como jogador: Americano, Madureira, Fluminense, Botafogo, Real Madrid e São Paulo
- Como técnico: Sporting Cristal e Alianza Lima (Peru); Vera Cruz (México); River Plate (Argentina), Fenerbahce (Turquia) Al-Ahli (Arábia Saudita), Fluminense, Botafogo, Cruzeiro e Bangu (Brasil)
Títulos:
- Como jogador: Campeonato Carioca: 1951 (Fluminense), 1957, 1961 e 1962 (Botafogo);
Torneio Rio-São Paulo: 1962 (Botafogo); Copa do Mundo: 1958 e 1962 (Seleção Brasileira)
- Como técnico: três vezes campeão do Peru pelo Sporting Cristal, cinco vezes campeão turco pelo Fenerbahce e três Copas do Rei e um campeonato do Golfo pelo Al-Ahli Club Jeddah (da Arábia Saudita)
por: Daniel Batista
Didi foi um dos maiores jogadores do futebol mundial . Craque que ganhou o apelido de Príncipe Etíope devido seu estilo clássico e elegante de atuar em todos os times que passou pela sua vitória carreira, e também Folha Seca, decorrente de seu chute de longa distância que ganhava um efeito impressionante. Tudo começou em 1943, no time infantil do São Cristóvão. Ainda nas categorias de base, defendeu o Industrial, Rio Branco, Goytacaz e Americano.
Sua carreira quase foi interrompida quando ainda tinha 14 anos. Uma infecção no joelho, sofrida durante um jogo, o deixou em uma cadeira de rodas e quase teve que amputar a perna. Mas o tempo fez com que o futuro craque se recuperasse, a tal ponto de encantar o mundo com seu futebol.
Dois anos depois da doença, Didi já estava atuando em jogos oficiais. Em 1945, defendeu o Americano de Campos, e em seguida foi para o Lençoense e Madureira. No ano seguinte seguiu para o Fluminense, onde passou dez anos e ficou marcado com um dos melhores jogadores da história do Tricolor carioca, marcando quase 100 gols pela equipe. Além disso, o Príncipe Etíope foi o primeiro jogador a marcar um gol no estádio do Maracanã. Isso aconteceu na derrota da Seleção Carioca para a Paulista, por 2 a 1.
Em relação ao apelido Folha Seca, Didi inventou a jogada em 1956, quando defendia o Fluminense em uma partida contra o América, pelo Campeonato Carioca. Machucado, o ex-jogador não podia dar chutes fortes de longa distância, por isso ele inventou uma nova forma de bater na bola. Acertava o meio da mesma que fazia uma curva espetacular e enganava o goleiro.
No mesmo ano se transferiu para o Botafogo, onde também deixou sua marca. Em 313 jogos, foram 113 gols marcados. Em 1957, Didi cumpriu uma promessa curiosa. Campeão Carioca daquele ano, o ex-jogador atravessou a cidade do Rio de Janeiro caminhando como forma de agradecimento. A boa fase, aliada ao título da Copa do Mundo, fez com que o Real Madrid, de Puskas e Di Stefano, despertasse o interesse no brasileiro e o contratasse. Porém, Didi não brilhou na Espanha, e teve uma modesta passagem pelo futebol europeu.
No final da carreira, Didi ainda passou pelo São Paulo, em 1964 e 66. Sem a mesma condição física, o jogador não teve o mesmo sucesso que no futebol carioca. Além disso, o Tricolor paulista não tinha um grande time na época, devido a todo investimento estar sendo feito na construção do estádio do Morumbi. O final de carreira, aliado ao fraco time, fez com que o Folha Seca tivesse uma discreta passagem pelo futebol paulista.
Quando o assunto é Seleção Brasileira, Didi também foi vitorioso. Em 1954 fez parte da seleção que disputou o Pan-Americano e depois foi para Copa do Mundo na Suíça. Quatro anos depois, a consagração: campeão e eleito o melhor jogador do Mundial de 58. Seguindo a trajetória vitoriosa, foi bicampeão em 62, no Chile, dividindo o status de craque do time com Mané Garrincha.
Em 1964, Didi decidiu aposentar da carreira de jogador e virar técnico de futebol. Como treinador, passou por vários times, mas sua maior conquista foi montar a seleção do Peru, que disputou a Copa do Mundo de 1970 e que foi eliminada pelo Brasil, nas quartas-de-final, por 4 a 2. Folha Seca abandonou definitivamente o futebol em 1987, após uma operação na coluna. Em 12 de maio de 2001, Didi, com 71 anos, faleceu decorrente de problemas cardíacos. Um ano antes havia entrado no Hall da Fama da Fifa, que tem entre outros gênios da bola, Beckenbauer, Pelé e Platini.
Dados
Nome: Valdir Pereira
Nascimento: 08/10/1929, em Campos, no Rio de Janeiro
Clubes:
- Como jogador: Americano, Madureira, Fluminense, Botafogo, Real Madrid e São Paulo
- Como técnico: Sporting Cristal e Alianza Lima (Peru); Vera Cruz (México); River Plate (Argentina), Fenerbahce (Turquia) Al-Ahli (Arábia Saudita), Fluminense, Botafogo, Cruzeiro e Bangu (Brasil)
Títulos:
- Como jogador: Campeonato Carioca: 1951 (Fluminense), 1957, 1961 e 1962 (Botafogo);
Torneio Rio-São Paulo: 1962 (Botafogo); Copa do Mundo: 1958 e 1962 (Seleção Brasileira)
- Como técnico: três vezes campeão do Peru pelo Sporting Cristal, cinco vezes campeão turco pelo Fenerbahce e três Copas do Rei e um campeonato do Golfo pelo Al-Ahli Club Jeddah (da Arábia Saudita)
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