quarta-feira, 18 de março de 2009

Os jogos de Garrincha no Olaria

Os últimos jogos de Garrincha como profisional foram defendendo as cores do Olaria Atlético Clube do Rio de Janeiro. Na estréia contra o Flamengo no Maracanã, o público foi de quase 50 mil torcedores, número poucas vezes repetido na história do clube.

23/05/1972 - CAMPEONATO CARIOCA*
Olaria 1x1 Flamengo, no Maracanã

01/03/1972 - AMISTOSO
Olaria 1x2 Rio Branco-ES, em Vitória

04/03/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 1x1 América, em São Januário

23/03/1972 - AMISTOSO
Olaria 2x2 Comercial-SP, em Ribeirão Preto.
Neste jogo Garrincha marcou seu único gol pelo Olaria.

25/03/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 1x5 Fluminense, no Maracanã

16/04/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 1x0 Bangu, na Rua Bariri

19/04/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 2x0 Bonsucesso, no Teixeira de Castro

21/05/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 0x1 América, em São Januário

19/07/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 1x1 Botafogo, no Maracanã

23/08/1972 - CAMPEONATO CARIOCA
Olaria 0x1 Botafogo, no Maracanã

10 Jogos
02 Vitórias
04 Empates
04 Derrotas
01 Gol


*Este jogo marcou a estréia de Garrincha na equipe suburbana. Infelizmente o jogador já não era o gênio de alguns anos atrás, mas teve bons momentos na partida, saindo no início do segundo tempo devido as más condições físicas que apresentava. Abaixo a ficha desta partida:

FLAMENGO(GB) 1-1 OLARIA(GB)
Data: 23 de fevereiro de 1972
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro - GB
Caráter: Campeonato Carioca / 1972
Juiz: Airton Vieira de Moraes
Renda: Cr$ 279.707,00
Público: 49.276 pessoas
Gols: Gessé aos 53 min e Doval aos 70 min.
Flamengo: Ubirajara; Aloísio, Fred, Reyes e Paulo Henrique; Liminha e Zé Mário; Rogério, Caio (Fio), Doval e Paulo César.
Olaria: Beto; Aluísio, Mário Tito, Altivo e Mineiro; Gessé (Maurício) e Roberto Pinto; Garrincha (Robertinho), Ézio, Aguinaldo e Fernando.

Fonte: http://blog.soccerlogos.com.br/

terça-feira, 17 de março de 2009

O fim do Jejum do Botafogo - 1989

Crédito: http://fogoeterno.files.wordpress.com/
Foram 21 anos de sofrimento. Um após outro, a torcida botafoguense só fez crescer. Desastre depois de desastre, a gente da estrela solitária era cada vez mais gente. O título não vinha, parecia até que nunca voltaria. Mas a gente alvi negra é insistente, persistente, teimosa mesmo. De tanto acreditar, desde do dia 21 de junho festeja. O Glorioso é campeão. Comparar não é possível, que os campeões de 1989 não merecem. O papel que a história lhes reservou está cumprida, maravilhosamente cumprida. Até porque, que outro Botafogo ganhou invicto o campeonato ? Como poucas vezes, em 24 anos, os onze jogadores de cada partida do Botafogo mantiveram com sangue e suor uma invencibilidade impressionante. Heróis que não se assustaram nem com o Flamengo do eterno Zico ou a selevasco.

Numa final inesquecível, o Botafogo chega invicto ao título sonhado e, 21 anos depois, transforma o Rio de Janeiro numa contagiante loucura em preto e branco. Parecia um sonho. No dia 21 de junho de 1989, no maracanã, o Botafogo decidia com o Flamengo o titulo de campeão carioca da temporada. O primeiro tempo terminou com um 0x0. Mas, aos doze minutos da etapa completar, Vitor iniciou uma jogada e tocou a bola para Luizinho. O lançamento saiu perfeito para Mazolinha na ponta esquerda. O cruzamento veio pelo alto e a bola está está mais para o lateral do Flamengo Leonardo. O ponta Mauricio do Botafogo estava presente ao lance decisivo. Esperto, desloca Leonardo com um leve toque nas costas e chuta para o fundo da meta rubro negro. Mauricio saiu correndo feito um louco para comemorar o gol que, mais tarde, valeria o titulo de campeão carioca. O Rio de Janeiro começava a se vestir de preto e branco.

“Tu és o Gloriso. Não podes perder, perder pra ninguém” - A torcida começava a cantar o hino do Botafogo. Antes mesmo do encerramento da partida, a torcida explodia e gritava – “é campeã...é campeão”. A volta olímpica dos campeões teve até, o aplauso da torcida do Flamengo.

Ficha do jogo
Dia 21 de junho de 1989.
No maracanã – decisão do campeonato carioca – Botafogo 1 x Flamengo 0.
Gol de Maurício.
Juiz: Walter Senra.
Renda: R$ 302.592,00
Publico: 56.412 pagantes.
O Botafogo campeão com Ricardo Cruz, Josimar, Wilson Gotardo, Mauro Galvão e Marquinhos, Vitor, Carlos Alberto e Luizinho, Mauricio, Paulinho Criciúma e Gustavo (Mazolinha) / Técnico: Valdir Espinosa.
Flamengo: Zé Carlos, Jorginho, Aldair, Zé Carlos II e Leonardo, Ailton, Renato e Zico (Marquinhos), Alcino (Sergio Araújo), Bebeto e Zinho / Técnico: Telê Santana

Vasco da Gama 7 x 0 Flamengo

No dia 26 de Abril de 1926 o time cruzmaltino venceu o arqui-rival por 7x0 em jogo realizado no Estádio de São Januário, válido pelo 1º turno do Campeonato Carioca de 1931. Os gols foram marcados por Russinho (4), Mário Mattos (2) e Sant'Anna.
As derrotas do Flamengo para o Vasco estavam se tornando constantes, a ponto da imprensa carioca tradicionalmente rubro-negra tentar ignorar aquele massacre nos jornais do dia seguinte. No período de 1928 a 31, o time cruzmaltino venceu todos os 8 jogos oficiais contra os flamenguistas.

Este foi um dos primeiros grandes times da história do Vasco. Quatro atletas (Brilhante, Itália, Fausto e Russinho) foram convocados para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1930 no Uruguai, além de Tinoco para a edição de 1934 na Itália. O meio-campo Fausto chegou a receber o apelido de “La Maravilha Negra” pela imprensa uruguaia por causa das suas grandes atuações em campo.

O ponta-esquerda Sant'Anna foi o primeiro jogador a fazer um gol olímpico no país. Isto aconteceu em 1928, na inauguração dos refletores de São Januário, quando o Vasco venceu o Wanderers do Uruguai por 1x0.

Se na esquerda tinha Sant´Anna, pela direita vinha Paschoal, apelidado de “Trem de Luxo” pela sua extrema velocidade. Ele atravessou todo o período que o Vasco venceu o racismo no futebol carioca, conquistando os primeiros títulos do clube, desde o Carioca da 2ª divisão em 1922. Foi titular absoluto do Vasco e das seleções carioca e brasileira, apesar de não ter participado daquela goleada de 7x0 sobre o Flamengo.

Paschoal pertencia, com orgulho, a uma geração que amava o clube. Pelo resto de sua vida, trabalhou com o mesmo amor pelas sagradas cores do Vasco, razão maior da sua vida. Com mais de 80 anos, continuava integrado ao Vasco, ensinando garotos que sonhavam um dia representar a cruz-de-malta tal como ele.

Não se pode esquecer também de Sebastião Paiva Gomes, o Mola, Campeão Carioca em 1929 e 1934. Ele era o cão de guarda do time e os atacantes da época tinham pavor de enfrentá-lo. Em 1934, Mola foi convocado para a Seleção que disputaria a Copa do Mundo, mas, ao contrário dos seus companheiros vascaínos Tinoco e Leônidas da Silva, preferiu continuar como profissional no Vasco, uma vez que a CBD só levaria "amadores" para a Itália.

Outro ídolo da lendária equipe foi Russinho, autor de quatro gols na goleada histórica sobre o Flamengo. Ele também se sagrou artilheiro dos Cariocas de 1929 e 1931. Em 1930 Russinho atingiu grande popularidade e foi eleito o melhor jogador do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, num concurso promovido por uma marca de cigarros.

Para comandar este leque de craques, o Vasco tinha Harry Welfare como técnico. Vindo do Liverpool, o gringo do país que inventou o futebol chegou ao Brasil em 1912 contratado pelo Colégio Anglo-Brasileiro para ensinar a língua inglesa. Como jogava muito bem futebol, ingressou no Fluminense e fez história nos campos cariocas. Foi o técnico vascaíno de 1927 a 37, voltando ao cargo na temporada de 1940.

Recitando a escalação do Vasco
A base dessa vitoriosa equipe vascaína de 1931 ainda era a mesma campeã carioca em 1929. O timaço se consagrou ao bater o América por 5x0 na final, após dois empates na série melhor-de-três. No ano seguinte (1930) a grande vítima foi o Fluminense, que também sofreu a maior goleada da história do clássico: 6x0 em São Januário.

Porém, o que realmente mais impressionava no Vasco de 1929 era a criatividade dos torcedores em recitar a escalação de seus ídolos. Frases como estas eram postas com orgulho nos botequins do Rio de Janeiro:

“JAGUARÉ foi na ITÁLIA comprar BRILHANTE. Assistiu com TINOCO a ópera FAUSTO, sentado numa cadeira de MOLA. Na volta, PASCHOAL encontrou OITENTA E QUATRO RUSSINHOS junto com MÁRIO MATOS na Igreja de SANTANA”.

Ou:
“JAGUARÉ fez uma BRILHANTE defesa na ITÁLIA. TINOCO foi visitar FAUSTO numa cadeira de MOLA, PASCHOAL comeu OITENTA E QUATRO empadas com RUSSINHO e MARIO MATTOS no campo de SANTANA”.

Quem comprova isso é o sócio Fabrício Figueira, de 26 anos, sobrinho-neto do zagueiro Itália, que faleceu em 1963. Freqüentemente o jovem vascaíno ouve histórias dos mais antigos parentes do craque:

“Minha mãe sempre conta que o Itália dava doces, balas e uns trocados para os sobrinhos que decorassem a escalação do time. Era uma forma de aumentar mais ainda a identidade deles com o Vasco”, comenta Fabrício, que ainda guarda fotos do antigo xerife do Vasco.

Ficha Técnica – Vasco 7x0 Flamengo

Campeonato Carioca de 1931 (1º Turno)
Local: São Januário
Juiz: Leandro Carnaval
Expulsões: Fausto e Penha aos 37 minutos do 1º tempo
Obs: Naquela época os jogadores expulsos eram substituídos.
Vasco: Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto (Nesi) e Mola; Baiano, Oitenta e Quatro, Russinho, Mário Mattos e Sant´Anna
Flamengo: Floriano, Léo e Hélcio; Flávio, Penha (Fonseca) e Darci; Adelino, Viventino, Elói (Nélson), Álvaro e Cássio
Gols: No 1º tempo: Russinho aos 5 e 30, Mário Mattos aos 27 e 34 minutos; No 2º tempo: Santana aos 4 e Russinho aos 14 e 20 minutos.

Um combinado Fla/Flu em 1944

Em 1944 as equipes do Fluminense e Flamengo formaram um combindo e disputaram algumas partidas amistosas. Infelizmente nos dias de hoje, é totalmente impossível a formação de combinados de equipes rivais para a disputa de partidas amistosas. Abaixo as fichas destas partida:

FLAMENGO / FLUMINENSE(DF) 2-2 CORINTHIANS(SP)
Data: 24 de março de 1944
Local: Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro
Renda: Cr$ 55.244,50
Juiz: Silvio Stucchi
Gols: Perácio (2), Valter e Servílio
Flamengo/Fluminense: Jurandir; Norival e Renganeschi; Bigode, Rui e Afonso; Adilson, Zizinho, Pirilo, Perácio e Vevé.
Corinthians: Bino; Domingos e Begliomini; General, Brandão e Dino; Agostinho, Servílio, Milani, nandinho e Valter.

FLAMENGO / FLUMINENSE(DF) 0-3 SÃO PAULO(SP)
Data: 24 de abril de 1944
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo
Renda: Cr$ 104.277,00
Juiz: Mário Viana
Gols: Sastre, Luizinho e Antoninho
Flamengo/Fluminense: Jurandir; Norival e Renganeschi; Biguá, Bria e Jaime; Adilson, Bigode, Pirilo, Tim e Vevé.
São Paulo: Gijo; Agostinho e Florindo; Armando, Rui e Noronha; Luizinho, Teixeirinha, Antonio, Ieso e Parda

Fonte: http://blog.cacellain.com.br

Jogo histórico: Bonsucesso 3 x 0 Mangueira (MG)

Esta partida disputada na cidade de São João de Nepomuceno(MG), teve como atração a presença de Heleno de Freitas, na equipe local. Apesar de estar no final de sua carreira, a presença do filho mais importante da cidade na partida, atraiu um grande público. Abaixo a ficha técnica da partida:

BONSUCESSO(DF) 3 X 0 MANGUEIRA(MG)
Data: 21 de abril de 1949
Local: São João de Nepomuceno - MG
Renda: Cr$ 8.300,00
Gols: Totó (2) e Ernesto
Bonsucesso: Alvarez; Rubens e Costa; Cambuí, Vitor e Gato; Tampinha, Demil, Ernesto, Enguiça e Totó.
Mangueira: Matarazzo; Moacir e Carazo; Cacau, Tonho e Camilo; Laval, Zezinho, Heleno de Freitas, Hamilton e Renê.

Fonte: http://blog.cacellain.com.br

Jogos inesquecíveis do Bonsucesso

No setor nacional, as mais expressivas e brilhantes vitórias foram estas:
Em 1931, no returno do Campeonato, vencemos o C.R. Flamengo pela elevada contagem de 6x2.

Em 1932, no Parque Antártica, contra o Palestra Itália, hoje Palmeiras, até então invicto contra equipes cariocas, o Cesso venceu por 3x1. Na equipe alviverde figuraram Primo, Bianco, Serafini, Ministrinho, Romeu, Amílcar, Pepe, Lara, Imperato e Gogliardo. A atuação de nossos defensores foi tão saliente que mereceu da imprensa paulista o galardão de “Esquadrão Acadêmico” como era conhecido por vários anos.

Em 1933, vencemos o famoso esquadrão do São Paulo FC, no Torneio Rio-São Paulo, por 5x4, integrado por “astros” da categoria de Nestor, Bartô, Orozimbo, Waldemar de Brito, Frienderich, Petronilho e Hercules.

Em 1938, o Bonsucesso FC depois de estar perdendo por 3 a 0, em sensacional “virada”, derrotou o Flamengo por 4x3.

Em 1956, perdíamos por 4 a 0 para o Vasco da Gama, quando em brilhantíssima reação igualamos a contagem em 4x4.

No setor do futebol internacional, o Bonsucesso figura entre os clubes brasileiros que mais atuaram no estrangeiro, visitando 46 paises das Américas, Europa, África, Oriente, Ásia e Arábia, onde disputou 104 partidas, vencendo 76, empatando 16 e perdendo 12, com um saldo de 49 gols.

As mais expressivas vitórias internacionais foram estas: na Bulgária, contra a seleção búlgara por 3 a 2; na Romênia contra o campeão Rapid de Bucarest, por 1x0; contra a Seleção Chilena, por 2x1; contra o campeão peruano, o Alianza, por 2x0; contra o Guadalajara do México, por 3x1; contra as seleções do Líbano por 5x1; Síria, por 1x0; Jordânia, por 4x1; Líbia, por 6x1; Porto Rico, por 2x1; El Salvador, por 3x0, contra o Santa Fé, da Colômbia, por 2x1; em Frankfurt, na Alemanha, por 2x0; na Polônia, contra o Kawich por 2x1; na França contra o Reins, por 2x1; na Venezuela, contra o Circuito Italiano, por 3x2; na Noruega contra o Skai, por 1x0 e na Espanha contra o Espanhol de Barcelona por 2x1.

Fonte e autor:Blog fanaticospelocesso e André Luiz Queiroz

sábado, 14 de março de 2009

Cariocas x Paulistas

Crédito: www.museudosesportes.com.br
Antes do jogo, o Juiz Anibal Tejara, é fotografado entre o carioca Domingos da Guia e o paulista Luizinho. Ao lado aparece um dos bandeirinhas abraçado com o ponta esquerda de São Paulo Hércules.

Muita chuva e um show dos cariocas para os corajosos torcedores que enfrentaram o mal tempo e foram a São Januário, em dezembro de 1943, para assistirem ao jogo cariocas e paulistas. Uma noite que ficará para sempre na história do futebol brasileiro.

Na verdade, ninguém esperava que a seleção paulista preparada com tanto carinho por Del Debbio perdesse por uma contagem tão elevada. Os paulistas possuidores de uma equipe mais técnica teimaram em efetuar um jogo baseado em táticas e sistemas de ataque e defesa, quando o estado do gramado não permitia tal coisa. O jogo tinha que ser feito na base da improvisação como os guanabarinos fizeram. Era preciso antes de tudo uma vontade e muito entusiasmo para jogar naquele campo quase impraticável. Outro fator que muito contribuiu para a vitória dos cariocas foi, certamente, a notável atuação de João Pinto e Lélé.

Para quem gosta de ver um jogo equilibrado, não apreciou o segundo tempo, pois o que se viu no gramado era mais um cai cai dos jogadores do que uma partida de futebol. A desarticulação que se notou no quadro paulista na segunda fase, tirou de muitos, aquela sensação que alguns esperavam, todavia os gols de João Pinto, o penal batido por Lelé e as espetaculares fintas de Tim, vieram dar ao espetáculo algo de maravilhoso que agradaria ao mais exigente torcedor de futebol. Estavam, pois, satisfeitos os desejos daqueles que no campo do Vasco da Gama foram para apreciar um partida de futebol de classe.

Aos 5 minutos de jogo Leonidas abriu a contagem para os paulistas. Somente aos 23 minutos é que Vévé empatou e aos 40 do primeiro tempo, João Pinto fez 2x1 para os cariocas. Na etapa complementar, aos 16 minutos João Pinto fez 3x1. Aos 19, Lelé de penalti aumentou para 4x1. E novamente João Pinto aos 35 e 37 minutos completou a goleada de 6x1.

O juiz foi Anibal Tejara que foi indicado por sua personalidade, imparcialidade e honestidade. Entretanto, ele reapareceu velho e barrigudo e errou bastante. Personalidade, imparcialidade e honestidade sem condicionamento físico não forma um grande arbitro. Pior para aqueles que o indicaram.

Os carioca jogaram com Batatais. Domingos da Guia e Norival. Biguá. Ruy e Afonsinho. Pedro Amorim. Lelé. João Pinto. Tim e Vevé.
Os paulistas com Oberdan. Junqueira e Osvaldo. Zézé Procópio. Og Moreira e Dino. Luizinho. Servilho. Leonidas. Lima e Hércules.

Sylvio Pirilo

Crédito: www.museudosesportes.com.br
Sylvio Pirilo é gaúcho de Porto Alegre e nasceu no dia 26 de julho de 1916. Começou no Americano do Rio Grande do Sul em 1936. Depois passou o Internacional em 1937. Penarol do Uruguai em 1938. Flamengo de 1939 a 1947 e Botafogo em 1948. Somente foi campeão carioca pelo Flamengo no tri campeonato de 1942.1943.1944 e campeão pelo Botafogo em 1948. Foi campeão brasileiro de seleções pelos cariocas. Pirilo faleceu no dia 22 de abril de 1991 em porto Alegre.

Centroavante rápido, de drible cortante e excelente visão de jogo. Juntava a tudo isso, uma coragem que poucos atacantes brasileiros apresentaram, antes e depois dele.
Começou sua carreira no extinto Americano do Rio Grande do Sul, passando depois ao internacional. Fez sucesso e logo foi contratado pelo Peñarol, numa época em que o futebol uruguaio costumava levar vários dos nossos principais jogadores. Do Peñarol, retornou ao Brasil para defender o Flamengo, onde foi um dos maiores artilheiros da história do clube com 201 gols. O gaúcho o só fez menos gols com a camisa do Flamengo do que Zico (568), Dida (244) e Romário (204). Pirilo estreou logo na decisão de 1941 contra o Fluminense, substituindo o craque Leônidas da Silva, que se transferira para o São Paulo.
Apesar dos seus dois gols na partida, o famoso Fla x Flu da Lagoa na decisão do Carioca de 1941, o Fluminense foi campeão com o empate de 2x2.

Jogando de centroavante, foi um jogador fundamental na conquista do primeiro tri-campeonato do clube (1942/43/44). Pirilo ainda hoje é o recordista de gols num campeonato carioca com a incrível marca de 29 gols. Depois do Flamengo, defendeu o Botafogo, com o qual foi campeão carioca de 1948, vencendo o Vasco numa final histórica e cercada de lendas, das quais João Saldanha é uma das figuras principais.

Encerrou sua carreira no Botafogo e logo depois tornou-se treinador de grande sucesso. Coube-lhe a primazia de ter sido o primeiro a convocar Pelé para a Seleção, em 1957, para a disputa da Copa Roca contra os argentinos no maracanã.

Fez cinco partidas com a camisa da Seleção Brasileira, marcando seis gols.

domingo, 1 de março de 2009

Inauguração do Maracanã


O Rio de Janeiro viveu um dia de glória. A torcida carioca deu provas do seu entusiasmo pelo futebol comparecendo em massa para a inauguração do maior estádio do mundo. Assim, contribuiu para que fosse estabelecido um recorde de publico em qualquer época. Foi desta forma que o povo mostrou seu agradecimento a aqueles que idealizaram e construíram um majestoso estádio que recebeu o nome do prefeito do Rio de Janeiro, General Ângelo Mendes de Moraes.

Ao povo não foi entregue apenas um monumental estádio para o desportista brasileiro. O programa organizado foi magnífico e se juntava as emoções de ver o gigante completamente lotado vibrando na sua primeira tarde. A revoada dos pombos, o coro orfeônico das escolas, as Bandas de Musicas, o desfile das representações de clubes e entidades, até que todos, de pé, assistiram a cerimônia de hasteamento do Pavilhão Nacional. Tudo fazia parte de uma tarde certamente gloriosa.

O fecho da festa foi o jogo entre as seleções de novos do Rio e de São Paulo. Era o primeiro jogo no maracanã e acontecia no dia 16 de junho de 1950. Os paulistas demonstraram melhor entrosamento e condicionamento físico. Tinham uma linha média eficiente e um ataque habilidoso. Os cariocas se resguardaram na defesa e assim permaneceram ao longo do primeiro tempo. Mesmo jogando na defesa foi Didi quem abriu a contagem para o Rio de Janeiro. O jovem Didi assinalou o primeiro gol no estádio do maracanã. Jogando melhor, os paulistas empataram no final no primeiro tempo através de Augusto. Na segunda etapa do jogo, os paulistas continuaram melhores e marcaram mais dois gols através de Ponce de Leon e Augusto. A vitória foi um prêmio ao bom desempenho dos bandeirantes. Dois árbitros apitaram o primeiro jogo no maracanã. No primeiro tempo, Alberto da Gama Malcher. Na etapa final Mário Vianna.
Os paulistas jogaram com Osvaldo,Homero e Dema, Djalma Santos,Brandãozinho e Alfredo. Renato,Rubens (Luizinho),Augusto, Ponce de Leon (Carbone) e Brandãozinho II (Leopoldo,
Os cariocas com Ernani (Luiz Borracha), Laerte e Wilson, Mirim, Irani e Sula, Aloisio (Alcino),Didi (Ipojucan),Silas (Dimas), Carlayle (Simões) e Esquerdinha (Moacir).

Fontes: http://www.museudosesportes.com.br/